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O cupim do Estado brasileiro
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Espetacular o resumo feito por Guilherme Fiuza em sua coluna de hoje no GLOBO acerca do que significa o PT no governo. Após a revelação do “bonzinho” Mujica de que o “bonzinho” Lula sabia do mensalão, mas o considerava a única forma possível de governar o Brasil, a senha foi dada aos militantes da quadrilha: apelar para a marcha dos oprimidos uma vez mais. Contra chantagistas e reacionários, a única saída era, claro, comprar todos e roubar o povo brasileiro em seu próprio benefício.

Mas Fiuza aperta a tecla SAP para seus leitores: “Lula sabia que a única forma de ficar no poder com um grupo político feito de pessoas medíocres, despreparadas, hipócritas e desesperadas por cargos e verbas era se fingir de coitado, chorar e parasitar o Estado brasileiro com todas as suas forças”. Um bando de incompetentes só poderia se perpetuar no poder roubando muito, tomando a máquina estatal para si e comprando os demais. Isso é o PT. Diz Fiuza:

Com inabalável firmeza de propósitos, o PT chegou lá: tornou-se o cupim do Estado brasileiro. Hoje é difícil encontrar um cômodo da administração pública que não esteja tomado pelo exército voraz, que substitui gestão por ingestão. O Brasil quer esperar mais quatro anos para ver o que sobra da mobília.

Mujica disse que Lula não é corrupto como Collor. Tem razão. O Esquema PC era um careca de bigode que batia na porta de empresários em nome do chefe para tomar-lhes umas gorjetas. O mensalão e o petrolão foram dutos construídos entre as maiores estatais do país e o partido governante. Realmente, não tem comparação.

Os cupins vão devorando o que podem — inclusive informação comprometedora. As gravações da negociata de Pasadena, presidida por Dilma Rousseff, sumiram. Normal. Dilma, ela mesma, também sumiu. Veio o Dia do Trabalho, e a grande líder do Partido dos Trabalhadores não apareceu na TV — logo ela, que convocava cadeia obrigatória de rádio e TV até em Dia das Mães. Pouco depois, veio o programa eleitoral do PT e, novamente, a filiada mais poderosa do partido não foi vista na tela.

Quem apareceu foi Lula, o amigo culpado de Mujica, vociferando contra os inimigos dos trabalhadores, as elites, enfim, toda essa gente que não compreende a única forma de governar o Brasil. E os brasileiros bateram panela em todo o território nacional — o que algum teórico progressista ainda há de explicar como uma saudação efusiva ao filho do Brasil adotado pela Odebrecht.

Como foi possível isso tudo durante tanto tempo? Como ainda é possível ter Dilma e seu PT no poder? Como isso será visto lá na frente? Será que nossos filhos e netos vão mesmo acreditar que o Brasil caiu nas garras de um cupim por 16 anos, em estado de total letargia? O Brasil petista envergonha qualquer cidadão decente. Os artistas e “intelectuais” covardes e hipócritas que emprestaram seus nomes para esse projeto tão absurdo de poder merecem a lata de lixo da história.

Mas Fiuza está certo: essa roubalheira toda só foi possível porque contava com o pano de fundo do “império dos oprimidos”. Chegamos a um grau tão louco de inversão de valores onde os medíocres são enaltecidos e os piores valorizados, pois fazer o contrário é ser “preconceituoso”, de “elite”, um “coxinha”. A vitimização rende muitos dividendos por aqui, e o PT é mestre na arte de se vitimizar, mesmo enquanto destrói o país e rouba bilhões como se fossem trocado.

“Os brasileiros vão ter que perceber sozinhos: esta só continuará sendo a única forma de governar o Brasil se o Brasil não cumprir o seu dever de enxotar um governo irremediavelmente delinquente”, conclui Fiuza. Até quando os brasileiros vão deixar o cupim gigante da estrela vermelha fazer esse estrago em sua casa?

Rodrigo Constantino

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