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O desenvolvimento da mentalidade anticapitalista
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Por Jefferson Viana, publicado pelo Instituto Liberal

Autores como Ludwig von Mises, Thomas Sowell e Theodore Darlymple em suas obras buscam mostrar como nasce a figura do anticapitalista, desenhando como essa figura toma forma com o passar do tempo. Os três autores embora usem abordagens diferentes, acabam elencando motivos semelhantes.

A corrupção cultural, também conhecida como doutrinação ideológica, é um agente fundamental para o nascimento de um anticapitalista. A forma com que as ideias de esquerda são apresentadas por professores, jornalistas, artistas e intelectuais acaba por seduzir muitas pessoas que tem até boas intenções, porém são mal informados. É a mentalidade, principalmente do jovem, que impulsionado pela ideia de construir um mundo melhor, acaba cedendo aos encantos da propaganda socialista.

O insucesso também pode ser um gerador de sentimentos anticapitalistas. Muitas pessoas acabam não conseguindo o sucesso esperado nas suas áreas de atuação, sentindo-se humilhados e insatisfeitos com a situação. Nesse tipo de circunstância, o indivíduo joga a culpa de seus fracassos no chamado “sistema”, passando a crer que apenas pessoas ruins e desonestas conseguem obter êxito em um ambiente capitalista. O anticapitalista argumenta que, por ser uma pessoa honesta, decidiu não jogar “o jogo cruel dos porcos capitalistas”, considerando-se uma pessoa altruísta.

Nessa forma de pensar, se todos estivessem em igualdade, a situação inferior a qual esse indivíduo está, pararia de lhe incomodar. Porém, como não se conseguirá manter um sistema de igualdade alto, devido às formas diferentes das pessoas agirem e pensarem, então o nível automaticamente terá que ser baixo para que se garanta a chamada igualdade.

Outro fator que gera sentimentos anticapitalistas é a inveja. A pessoa percebe que boa parte das pessoas que estão ao seu redor começam a prosperar, e isso é uma tortura para si. A inveja acaba sendo a sua forma de ver o mundo. O fanatismo e a maneira ácida de se realizar críticas ao capitalismo nasce do fato de que a pessoa está travando uma luta contra a sua própria pequenez, sonhando com uma espécie de “justiça social”, onde o tratamento das pessoas se dará por uma espécie de “real valor”. A raiva gerada contra o capitalismo acaba sendo direcionada para alguns do mecanismo do capitalismo, como o livre mercado e a meritocracia, pois tais mecanismos acabam possibilitando que outros indivíduos ocupem posições de destaque onde os próprios gostariam de estar.

O elitismo é outra maneira para que se tenha mais um rebento anticapitalista. Muitos que possuem um alto nível financeiro observam as escolhas populares com desprezo, culpando o capitalismo pelo mesmo. Todavia, o que caracteriza a economia de mercado são as escolhas de consumo e não a preferência de A ou B. E esse tipo de anticapitalista acaba querendo impor as suas vontades frente a todos.

O mau-caratismo é a penúltima forma de sentimentos anticapitalistas. Percebendo que podem tirar da defesa do socialismo o seu ganha-pão, começam a defender tais ideias, mesmo não concordando com elas pelo pagamento no final. Por exemplo, muitas personalidades das artes começaram a defender a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) por ganharem benefícios provenientes da Lei Rouanet e da Lei do Audiovisual. Numa mostra clássica da frase “O cão não morde a mão que o alimenta”.

A última forma de nascimento anticapitalista é o tédio. Para chamar a atenção de sua família e se inserir em um grupo, esse tipo de anticapitalista normalmente é de famílias abastadas e quer canalizar o seu tédio fazendo alguma coisa, numa espécie de autossacrifício, querendo mostrar para todos que mesmo não precisando, ele se doa em prol das pessoas menos abastadas.

A grande missão posterior é impedir que anticapitalistas continuem aparecendo. Desde a década de 1950 pessoas que defendem a ideologia socialista praticamente monopolizam os debates no Brasil. Porém, para nossa sorte o quadro começa a mudar. Mas é necessário que a formação intelectual e cultural da chamada direita (liberais, conservadores, libertários e anarcocapitalistas) não pare. Para que nunca mais os nossos amigos de esquerda tomem de assalto a formação política, jornalística, cultural e educacional em nosso país.

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