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O dia em que descobri que “sou” de extrema-direita. Ou: O GLOBO não para de cavar!
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Eis algo que você raramente ou jamais verá na grande imprensa: o termo “extrema-esquerda”. Pode ser até mesmo um comunista feito Bernie Sanders, que passou a lua de mel na União Soviética; pode ser um defensor do regime venezuelano; pode ser alguém que idolatra um radical como Saul Alinsky; não importa. Os termos “extremismo” e “radical” estão reservados exclusivamente para a direita em nossa imprensa.

E por isso mesmo você verá com abundância os termos “extrema-direita”, “fascista”, “ultraconservador” e “radical” atribuídos àqueles que simplesmente não são de esquerda, que rejeitam o socialismo. Eis o viés escancarado de nossa imprensa “progressista”, a mesma que é capaz de pintar um FHC como alguém de “direita”.

Após a vitória de Donald Trump, que deixou clara a irrelevância dessa imprensa, os ataques precisam continuar, na vã esperança de que os leitores – cada vez em menor número – mordam a isca e caiam na ladainha. Logo, o site “Breitbart”, fenômeno de audiência criado pelo falecido Andrew Breitbart, que não tinha medo algum da patrulha politicamente correta, precisa ser descrito como de “extrema-direita”, como fez O GLOBO hoje:

Na esteira da chegada de Donald Trump ao posto máximo no comando dos Estados Unidos, o site de notícias conservador radical “Breitbart”, considerado com um dos principais aliados virtuais do magnata durante a campanha eleitoral, aparentemente vai expandir seus domínios.

Há rumores de que sucursais serão abertas em Paris, Berlim e Cairo, não coincidentemente lugares onde se verifica um forte crescimento da direita populista, com a defesa de temas em comum como anti-imigração, a exacerbação do nacionalismo e um protecionismo antiglobalização. De certo, está prevista a ampliação da redação do “Breitbart” em Washington, para permitir uma melhor cobertura do presidente que ajudou a eleger.

Na plataforma à extrema-direita, o “Breitbart” já publicou que Obama “importou muçulmanos odiosos”, comparou o comentarista conservador Bill Kristol a um “judeu renegado”, ligou o trabalho da Planned Parenthood — organização sem fins lucrativos que auxilia na educação reprodutiva e no controle de natalidade — ao Holocausto, disse que jovens muçulmanos no Ocidente eram “o tique-taque de uma bomba-relógio” e aconselhou mulheres vítimas de assédio sexual online para “apenas fazerem logoff” e pararem de “estragar a internet para os homens”. Apesar do conteúdo de ódio, o editor-chefe Alexander Marlow tenta inverter o jogo:

— Muitos jornais zombaram, riram de nós. Eles nos chamaram de nomes de todos os tipos. E então, sermos reconhecidos como parte integrante da eleição de um presidente, apesar de todo esse ódio, é algo que apreciamos e saboreamos.

É o que restou a essa esquerda cada vez mais patética: rotular seus adversários como “racistas”, “xenófobos”, “preconceituosos”, “radicais”, “extremistas”. Tudo isso enquanto a própria esquerda demonstra seu racismo, sua xenofobia, seus preconceitos, seu radicalismo e seu extremismo. Acuse os outros daquilo que você mesmo é, ensinou Lenin.

Bem, como alguém que foi chamado de “Breitbart brasileiro” pela respeitada revista Foreign Affairs, só posso celebrar com “espanto” a descoberta de que “sou” de extrema-direita. Obrigado pela informação, GLOBO! O que seria de mim sem suas incríveis “informações imparciais”?

Vejam um só exemplo do que foi dito acima: a Planned Parenthood foi descrita pelo jornal como uma “organização sem fins lucrativos que auxilia na educação reprodutiva e no controle de natalidade”. Que eufemismo ridículo para descrever uma gigantesca fábrica de abortos! Até tecido de feto abortado foi vendido ilegalmente pela instituição, segundo denúncias e vídeos gravados secretamente. Fundada por uma radical eugenista, eis o grau de inversão de nossa imprensa: pintá-la como uma incrível instituição de educação sexual.

Já para quem busca informação de verdade, sem esse viés esquerdista escancarado, recomendo esse texto de Paulo Figueiredo sobre os dois indicados por Trump:

Reince Priebus é uma das figuras mais importantes do Partido Republicano. Foi um dos fundadores do movimento do “Tea Party” e ocupou durante três mandatos a posição de Chairman do GOP. Durante sua gestão, os republicanos recuperaram a maioria nas duas casas em duas eleições e, finalmente, voltaram ao Salão Oval. Para quem gosta de meritocracia, eis um vencedor.

O cargo para qual Reince foi nomeado é, talvez, o mais importante para a interlocução entre o Presidente e o Congresso. Portanto, nada mais compreensível para um líder que é político de primeira viagem, do que a nomeação de alguém com trânsito no partido em que o Presidente Eleito nem de longe é unanimidade. Lembrem-se, há pouco mais de duas semanas o republicano que preside a Câmara criticava Trump publicamente e vários medalhões do partido pediam que sua candidatura fosse simplesmente abandonada. Não esperem uma relação fácil.

Já Stephen Bannon é co-fundador do Government Accountability Institute, pós-graduado com honras em Harvard e mestre em Estudos de Segurança Nacional pela conceituada Georgetown University. Serviu como oficial na marinha na Frota do Pacífico e foi assessor especial no Pentágono. Como empresário, teve um histórico de sucesso com uma rentável boutique de investimentos em mídia que chegou a ser dona dos direitos de “Seinfeld”. Desde agosto era o CEO da campanha presidencial vitoriosa de Trump. Claramente, mais um vencedor de quem eu adoraria ouvir conselhos.

Entre conservadores, Bannon ficou famoso pela sua atuação como presidente de um dos meus sites de notícias preferido, o Breitbart News – que, não por acaso, é a página política com maior número de compartilhamentos nas redes sociais. Sob sua tutela, o portal (que tem em seu time Milo Yanopoulus e até pouco tempo tinha Ben Shapiro) assumiu uma postura mais anti-establishment, sendo muitas vezes associados ao que se chama pejorativamente de Alt-Right (“direita alternativa”). A mesma Alt Right que elegeu Donald Trump contra toda a grande mídia. Sua nomeação deve ter dado calafrios nas editorias da CNN e no New York Times.

Sim, há 20 anos, Bannon foi acusado de violência doméstica menor por sua ex-mulher – que sequer apareceu para depor – e foi inocentado. Essa foi a mesma que o acusou publicamente de ter dito que não gostaria de colocar suas filhas em uma escola judaica – mas na qual ele acabou matriculando ambas. E foi só isso. Mas foi o suficiente para a imprensa jogar todo o seu currículo no lixo e reputá-lo apenas um perfil de anti-semitismo e violência doméstica. E é precisamente por isso que a grande mídia dá ânsia de vômito a qualquer pessoa de bem.

É apenas natural que Trump governe com aqueles que apoiaram seu projeto e suas propostas. Foram esses os escolhidos pela América. Assim como é natural o choro da imprensa moribunda derrotada. Só espero que o Donald continue a não dar ouvido aos zumbidos dos perdedores. E que vocês não continuem se informando pelos canais canalhas de sempre.

Mas quem precisa disso quando se tem o rótulo “extrema-direita” para lançar na cara do outro? A esses que se “informam” pelo GLOBO e estão chorando com a vitória de Trump até agora, ofereço esse breve vídeo, um desabafo de um americano comum, desses que a mídia mainstream e a esquerda caviar nunca viram na vida:

Rodrigo Constantino

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