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O eterno palanque: PT tem um discurso para cada ocasião
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Quem viu a campanha eleitoral de Dilma nos últimos dias tem todo o direito de achar que se enganou e que, na verdade, estava diante do programa de Luciana Genro do PSOL. Para atacar Marina Silva vale tudo, e o PT resolveu fazer terrorismo eleitoral, acusando a candidata de defender os banqueiros contra os pobres ao pregar a autonomia do Banco Central.

Não foi o próprio PT que convidou Henrique Meirelles, um banqueiro internacional, para presidir a instituição no primeiro mandato de Lula? Não é o mesmo Lula que vem costurando uma tentativa de recolocar Meirelles no BC caso Dilma seja reeleita, para acalmar os mercados?

Não importa. A presidente é capaz de “fazer o diabo” para vencer, inclusive adotar um discurso para cada ocasião, de acordo com os interesses do momento. O PT é governo há 12 longos anos, mas nunca saiu do palanque. É o partido das eternas bravatas, do discurso eleitoreiro e sensacionalista. Age como o PSOL, só que ignora que comanda o país desde 2003!

Como recordar é viver, vejam o que a mesma Dilma dizia sobre a autonomia do Banco Central em 2010:

A pré-candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, disse nesta segunda-feira (10) que considera “importantíssima” a autonomia do Banco Central. Dilma fez a afirmação ao responder a perguntas de jornalistas sobre entrevista dada hoje pelo pré-candidato do PSDB José Serra à rádio CBN, no qual ele afirmou que “o BC não é a Santa Sé”.

Indagada se pretende manter a autonomia do BC, a pré-candidata do PT disse que acha “importantíssima a autonomia operacional que o Banco Central teve no governo do presidente Lula. Sempre tivemos uma relação muito tranquila com o BC”.

Como essa gente muda rápido de opinião dependendo dos interesses, não é mesmo? Agora, para a mesma Dilma, defender a autonomia do BC, que antes era “importantíssima”, é coisa de lacaio dos banqueiros que não quer saber dos pobres. Tudo para atacar Marina Silva.

Não importa o fato de que foi justamente a falta dessa autonomia, durante o governo Dilma, que fez a inflação bater no topo da elevada meta e por lá ficar, punindo exatamente os mais pobres. Nenhum fato importa, o que foi dito no passado não importa, nada importa além de uma única coisa: perpetuar-se no poder. Para isso, o PT realmente faz o “diabo”. E o Brasil vive no inferno…

Rodrigo Constantino

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