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O feminismo é a porta de entrada para o socialismo: o caso dos salários no futebol
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Já disse antes e repito: o feminismo tem representado hoje a grande ameaça socialista. Como as bandeiras de classe do socialismo fracassaram, a nova tentativa vem por meio da “igualdade de gênero”, independentemente do mérito ou do resultado gerado.

E o assustador é que isso vem dando certo: já temos empresas buscando equiparação salarial entre homens e mulheres, sem qualquer elo com produtividade. A estatística é torturada até confessar o que a ideologia quer: a discrepância de salários na média é tratada como prova de preconceito machista.

Essa baboseira chegou ao futebol. Megan Rapinoe, que o leitor está totalmente escusado de não fazer ideia de quem seja, é uma “celebridade” milionária, com contrato com a Nike e tudo. Uma espécie de Colin Kaepernick do soccer: é mais famosa por se dizer lésbica e endossar bandeiras esquerdistas do que pelo jogo em si.

Rapinoe teve uma vida boa na América: estudou de graça em boa universidade graças ao scholarship obtido por chutar bolas, ingressou na carreira de jogadora e ficou rica e famosa. Era para alguém com essa trajetória amar o país que lhe permitiu tudo isso, certo? Mas estamos falando das “minorias oprimidas”, ou seja, de mimados ingratos.

E por isso mesmo Rapinoe faz discursos como se fosse a maior vítima do planeta. O motivo? Ela ganha menos do que os atletas do futebol masculino ou do futebol americano! Em recente entrevista, quando perguntada sobre o que o público poderia fazer para lutar contra tal “injustiça”, sua resposta traiu a hipocrisia: Rapinoe conclamou o público e ir mais aos jogos das mulheres, comprar camisas, participar mais. Ou seja: é o mercado, estúpido!

Ela estava reclamando que há menos interesse em termos relativos, por parte do próprio público, e que a solução era… o capitalismo! Em outras palavras: ela admite, ainda que implicitamente, que ganha menos porque produz menor resultado, já que vende menos ingressos e camisas. No final das contas, é a velha lei de oferta e demanda atuando.

Mas feministas não querem saber dessa realidade: querem altera-la por decreto estatal. Eis onde entra o socialismo! É preciso forçar salários iguais, apesar de eles serem consequência direta daquilo que cada um traz de retorno para os empregadores e patrocinadores.

Rapinoe, ciente do zeitgeist na mídia, disse que adoraria ir a Washington debater essas questões, e de fato foi convidada por Alexandria Ocasio-Cortez, a “fresh face” democrata que defende a cada dia alguma ideia mais idiota. Quando perguntaram se ela conversaria com Trump ou alguém do governo, porém, ela disse que não, pois não se deixaria ser usada por gente assim. Muito democrática e tolerante a moça…

A MSNBC, canal de ultra-esquerda, adorou! Se é para atacar Trump, então podem contar com o apoio dessa turma. Ela virou uma “líder nata”, nas palavras de Nicole Wallace. Outro disse que viu ali o futuro político da jogadora. Imaginaram ela discursando como convidada especial numa convenção democrata. Charlie Sykes, por fim, afirmou que os trumpistas não querem comprar briga com uma mulher dessas. Uau! Seus chutes marcam cada golaço com o pessoal do lacre…

E tudo porque ela defende as ideias “corretas”, atacando Trump. O esporte não é mais uma pausa na política; é a política em si! A esquerda politizou tudo, absolutamente tudo. E claro que os mais radicais de um Partido Democrata cada vez mais radical não perderiam a oportunidade de tirar uma casquinha.

O prefeito de Nova York Bill de Blasio disse que garantiria salários iguais para a seleção nacional feminina de soccer se for eleito presidente (detalhe: o prefeito não paga nem às suas funcionárias o mesmo que paga aos funcionários homens, na média, mas quem liga para a hipocrisia?). Eis aí uma ótima bandeira para derrotar Trump: salários iguais para homens e mulheres que geram resultados bastante diferentes! A população vai adorar…

O casamento entre feminismo e socialismo está completo. Quem ainda repete que feminismo luta por “direitos das mulheres” não entendeu nada dessa terceira geração de feministas. O movimento não tem mais nada a ver com mulheres; é puro socialismo! E tem enganado muita gente por aí…

Rodrigo Constantino

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