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Oi? Vem aí o… esfriamento global?
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Vejam esse trecho dessa matéria no Estadão, assinada pelo biólogo Fernando Reinach:

Essas mudanças climáticas também levaram à diminuição da população de pinguins Adélie. Tudo isso transformou essa região em um ícone do aquecimento global, e era natural concluir que todos esses fenômenos eram causados pela chegada das mudanças climáticas causadas pelo homem.

Mas agora tudo mudou. Analisando os dados de temperatura das últimas duas décadas, os cientistas descobriram que, a partir de 1998, a temperatura da região começou a cair. A temperatura do ar vem diminuindo com a mesma velocidade com que vinha aumentando no final do século 20. Agora, com 20 anos de dados, todos concordam que isso é uma realidade. A Península Antártida vem esfriando. E, se isso continuar, o aquecimento que aconteceu de 1950 a 2000 pode ser revertido.

Essa descoberta levou os cientistas a analisar as causas dessa reversão. Eles concluíram que, tanto o grande aumento no passado quanto essa diminuição recente, se devem a variações climáticas cujos ciclos se medem em décadas e que, portanto, nem o aquecimento anterior nem o resfriamento recente se devem às mudanças globais do clima, mas a fenômenos locais da península, que nem sequer se estendem para todo o continente da Antártida.

Logo depois de reconhecer que a temperatura está, na verdade, caindo, ele diz: “É claro que essa descoberta vai ser usada pelos detratores do aquecimento global, mas isso ainda não tem suporte científico”. Ora, é claro que vai ser usada mesmo! Vamos rebobinar a fita, refrescar a memória: há poucos anos, uma das maiores histerias que tomaram conta do planeta foi o “aquecimento global”. E a Antártida era seu principal “argumento”.

Os céticos fizeram inúmeros alertas. Fiz minha parte com vontade. Devo ter escrito uns 30 textos sobre o assunto, ou mais. Gravei vídeos. Pedi cautela. Lembrei que na década de 1970 falavam em esfriamento global, de forma tão paranoica quanto. Alertei para a complexidade do fenômeno climático e a arrogância de achar que o homem tem esse pode todo para mudá-lo.

Mostrei como o IPCC havia sido politizado, como a ONU tinha sido tomada por ideologia e que isso era incompatível com a ciência. Falei que havia uma tentativa de calar a dissidência, que Al Gore e companhia transformaram o ambiente em seita ideológica e oportunismo político. A linguagem não batia com a forma de se fazer ciência.

Escrevi sobre o “climategate”, o vazamento de emails que demonstravam a politização do tema. Ataquei o fanatismo dos ecoterroristas, viúvas do socialismo que precisavam de um novo pretexto para atacar o capitalismo, que agora passava a ser condenado não por não criar riqueza para todos, mas por criar riqueza demais. O ambientalismo virou o refúgio das viúvas de Stalin para cuspir no modelo industrial capitalista americano.

Com o passar do tempo, e a noção mais disseminada de que os alardes do embusteiro Al Gore eram infundados, e a temperatura não acompanhava as “expectativas”, os “cientistas” passaram a falar em “mudanças climáticas” em vez de “aquecimento global”. Apontei para a malandragem da tática, lembrando que qualquer coisa se encaixa no conceito vago de “mudanças climáticas”, até o… esfriamento global. Pimba! Não deu outra: estamos de volta, pelo visto, ao esfriamento global.

Aguardem capas de revista com alertas de que o “inverno está chegando”, de que a “nova era glacial” vem aí, e de que é tudo culpa do nosso modelo econômico, do capitalismo, da produção de riqueza. E poucos vão se lembrar da histeria coletiva de alguns anos atrás. Aprendemos com a história que poucos aprendem com a história.

Os céticos foram ridicularizados. Os “especialistas” estavam certos de que se nada fosse feito o planeta ia praticamente derreter em breve. Éramos tratados como “negacionistas”, deixando transparecer claramente o viés religioso da seita, como se fôssemos obscurantistas contra a verdadeira ciência. Mas não era ciência. Era política. Era ideologia. Era religião. E essa abordagem era simplesmente incompatível com a busca imparcial da verdade, dos fatos.

Acho que as viúvas de Stalin, incluindo todos os “moderados” que seguiam o embusteiro Al Gore, terão de encontrar outra bandeira para seu oportunismo político. Falar em aquecimento global vai seduzir cada vez menos gente, quando a sensação for a de queda na temperatura e faltarem geleiras derretendo para impressionar os leigos com imagens fortes de ursos desesperados sem ter onde ficar. Tanto barulho, tantos recursos escassos desviados para a causa, tanta histeria… por nada!

Rodrigo Constantino

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