Por Erick Silva, publicado pelo Instituto Liberal
O dia 23 de Janeiro de 2019 é o dia que ficará registrado nos livros de história como o dia em que o povo venezuelano começou a se libertar dos grilhões repressores do ditador Nicolás Maduro. Uma coalizão de países, grupo do qual o Brasil faz parte, reconheceu que o presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, é o presidente oficial da Venezuela. Centenas de milhares de pessoas foram às ruas para exigir o fim da tirania socialista no país. É a resistência de uma nação contra a barbárie.
Para que uma pessoa tão abjeta e desprezível como Maduro pudesse fazer da Venezuela o seu “parque de diversões”, às custas do sofrimento dos venezuelanos, é porque existia um grupo de pessoas influentes e poderosas dispostas a defendê-lo em nome de uma ideologia. Para eles não importa que a Venezuela tenha uma inflação de 1000000%; não importa que os habitantes tenham que comer comida do lixo para poder sobreviver; não importa que os venezuelanos tenham que se refugiar em países vizinhos, aceitando viver em condições sub-humanas só para ter uma mínima chance de sobrevivência; “caso um governo fortaleça minha ideologia, continuarei defendendo com unhas e dentes”.
Foi através dessa mentalidade que a pátria brasileira vivenciou alguns dos momentos mais vergonhosos e asquerosos da sua história. A esquerda brasileira, através do PT, PCdoB, PSOL, UNE, Levante Popular da Juventude, entre outros movimentos, apoiou, da maneira mais explícita possível, o regime chavista desde o início até os seus últimos dias. O indivíduo de esquerda que ainda possuía um senso de humanidade passou a rechaçar o regime ditatorial quando a imagem repressora de Maduro ficou bastante escancarada. Todavia, os partidos e movimentos citados acima mantiveram o apoio e, não apenas isso, passaram a chamar de golpistas os grupos que lutavam pela democracia, invertendo a realidade dos fatos.
E foram esses mesmos grupos que tentaram colar a ideia de que votar em Haddad era votar “pela democracia”. Grupos que são contra a censura, mas que querem calar vozes discordantes. Grupos que são a favor da democracia, mas que aplaudem um regime ditatorial. Grupos que dizem lutar contra o pensamento único, mas que desejam um mundo em que todos pensem de maneira igualitária, em nome de um “interesse coletivo”. E são esses grupos que buscam ditar o que é verdade e o que não é.
A vida é feita de escolhas, e essas escolhas refletirão em como os nossos filhos e netos nos enxergarão daqui a alguns anos. Se hoje podemos, ao lado dos nossos irmãos venezuelanos, soltar o grito de “Venezuela Libre”, é porque lá atrás escolhemos um homem que pode ter todas as suas falhas e deficiências, mas que não se coadunou com um regime nefasto que deixou o povo na miséria e destruiu milhões de vidas. Agora, conseguem imaginar em como teríamos de explicar às futuras gerações o porquê de nós apoiarmos com tanta veemência um ditador tão asqueroso? Caso os grupos que desmandaram no Brasil por 13 anos voltassem ao poder, nós teríamos uma grande dívida com a história.
A Venezuela encontra-se completamente destruída e o processo de reconstrução levará anos. Mas aquele povo poderá, enfim, respirar novos ares. Poderá, enfim, ter a chance de um novo recomeço. O domínio chavista na Venezuela está com os dias contados. Nicolás Maduro certamente será julgado e condenado pela história e jogado na lata de lixo da humanidade, juntando-se a pessoas como Adolf Hitler, Mao Tsé-Tung e Nicolae Ceauşescu. Que leve junto todos aqueles que o apoiaram nessa barbárie.
Sobre o autor: Erick Silva é graduando em Administração pela UFRRJ.
Moraes mandou prender executiva do X após busca pela pessoa errada e presunção de má-fé
Defesa de Constantino vai pedir suspeição de Moraes e fez reclamação ao CNJ contra auxiliares do ministro
O fechamento do X no Brasil e a comemoração no governo Lula; ouça o podcast
Impeachment de Alexandre de Moraes ganha força após novo vazamento de mensagens
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião