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Os golpistas da elite vermelha: PT ainda vive nos anos 1960
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Fui até as três da madrugada acompanhando a comissão para deliberar o processo de impeachment. Haja estômago! Claro, tive a alma lavada em alguns momentos, como na fala excelente de Marco Feliciano, que citou até o Foro de SP, ou na do jovem deputado Marcelo Aro, do PHS, que foi firme e não se deixou intimidar pelos petralhas bagunceiros que tentavam criar confusão.

Mas o cinismo dos petistas não é para quem tem estômago fraco. O que restou a essa corja? Nada além de uma retórica mofada, patética, de que o impeachment se trata de um golpe das elites que não toleram as “conquistas sociais” do governo “popular” dos “trabalhadores”. É tão surreal, tão absurdo, que admito o talento teatral desses vermes. Como não rir, não gargalhar quando se conta uma mentira tão deslavada?

A melhor forma de lidar com essa turma, quando não pelo xingamento curto e grosso (eu os chamo de “canalhas”, termo que alguns consideram “pesado”, pois não gosto de usar “filhos da puta”, que julgo deselegante para um blog, mesmo independente), é sem dúvida pela ironia. E quem melhor faz isso é Guilherme Fiúza. Em sua coluna de hoje, ele entra de sola com seu sarcasmo:

Os comícios no Palácio estão animados. O antropologicamente mais interessante foi uma claque de mulheres reunidas pela presidenta mulher para gritar “fora Bolsonaro”. Não é genial? O que seria desse governo oprimido sem a direita, a ditadura militar e o Bolsonaro? Enquanto isso, o companheiro Dirceu — herói da esquerda contra a ditadura e chefe de Dilma Rousseff e do mensalão, não necessariamente nessa ordem — caminha para nova condenação, pelo petrolão. Está dando para acompanhar? A representante legal (sic) do bando que depenou o país está no Palácio gritando fora Bolsonaro.

Ficou com vergonha do lugar onde você vive? Pois saiba que a MPB, a esquerda festiva e boa parte da intelectualidade (pai do céu) brasileira não têm vergonha nenhuma. São os zeladores do conto de fadas revolucionário, os guardiães implacáveis dos pobres milionários. Eles querem a cabeça de Moro Mourão, porque mostrar como a elite vermelha arrancou as calças da Petrobras é fascismo. Você achou que a desonestidade intelectual tinha limite? Sabe de nada, inocente.

Calma que tem mais. Sabe qual é o novo bordão dos denunciantes do golpe contra a clepto-democracia petista? Gritar que os vazamentos da Lava-Jato são seletivos. Pensando bem, a Lava-Jato é toda seletiva: os golpistas de Moro Mourão escolheram seletivamente investigar o maior assalto aos cofres públicos de todos os tempos, decidiram cirurgicamente investigar os governos do PT que perpetraram esse assalto, resolveram arbitrariamente revelar que a cúpula do crime e o estado-maior de Lula são exatamente a mesma corja e, por fim, cismaram obsessivamente de mostrar que a corja regida por Dilma está usando as instituições públicas para sabotar as investigações e não ter que largar o osso. É muita seletividade mesmo.

Só rindo para não chorar. Fiúza expõe o ridículo do discurso de vítimas feito pelos golpistas do PT, com o apoio dos nossos artistas da MPB (Música Petista Brasileira), que de popular não tem nada. Essa gente só conhece o povo como abstração, na retórica, nos discursos. O povo de carne e osso não passa de um mascote a ser explorado por esses abutres.

Como que gente tão poderosa e rica, comandando ao lado dos maiores empreiteiros o maior esquema de corrupção da história deste país, pode ter a cara de pau de falar em “golpe das elites” e posar de defensora dos pobres e oprimidos? É muito asqueroso. É tudo muito nojento.

Fiúza fecha com chave de ouro quando diz para essa patota gritar “não” à Guerra do Vietnã. É exatamente isso: os vermelhinhos pararam no tempo em 1960! Eles ainda chafurdam no regime militar, pois dele dependem. Eles ainda usam palavras de ordem contra o capitalismo, o “imperialismo ianque”, as “elites”. São seres jurássicos, oportunistas, indecentes, que precisam dessa narrativa para sustentar o mais nefasto projeto de poder totalitário que já se viu em nosso país.

Quem é contra o impeachment de Dilma, quem ataca o juiz Sergio Moro, quem ainda puxa da cartola essa coisa de “elite” incomodada com o “avanço dos pobres”, não passa de um canalha. E claro, isso inclui a galara “isenta” ou que faz “oposição” à esquerda, como o PSOL, linha auxiliar do PT. Em artigo logo ao lado do de Fiúza, vemos o deputado Chico Alencar explicar o inexplicável: ele é contra o impeachment, mas defende a Lava-Jato. Sei…

Essa elite vermelha golpista é o atraso do Brasil. Até quando vamos aturar esses dinossauros fedendo a naftalina destruindo nosso país, nosso futuro?

Rodrigo Constantino

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