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Palanque na ONU é motivo de "vergonha alheia". Ou: O dia em que Obama pareceu razoável
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Dilma resolveu usar a ONU como palanque eleitoral e, com isso, envergonhou a todos nós, brasileiros com um pingo de bom senso. Resolveu elogiar seu governo, falar de questões internas como se fosse a coisa mais importante do mundo para a comunidade internacional, apenas de olho em alguns votos extras dos ignorantes. Como resumiu o editorial do GLOBO:

O VESTIDO “vermelho PT” usado na tribuna da Cúpula do Clima e a no mínimo polêmica defesa dos radicais do Estado Islâmico, contra os ataques de americanos e uma coligação árabe, denunciaram o uso eleitoreiro da ida da candidatapresidente Dilma Rousseff à ONU. FICOU-SE SABENDO, mais uma vez, o que também significa “fazer o diabo” para ganhar uma eleição: a) usar a tribuna das Nações Unidas para gravar programa eleitoral, a fim de demonstrar poder a eleitores incautos: b) criticar os Estados Unidos, de olho na esquerda, e para isso ficando ao lado de sectários muçulmanos que adotam costumes medievais, inclusive decapitar pessoas sob o foco de câmeras e espalhar a selvageria pelo mundo.

Merval Pereira lembrou em sua coluna que não é bem um caso de “vergonha alheia”, e sim “vergonha direta”, já que Dilma, querendo ou não (e as pessoas decentes certamente não querem), nos representa mundo afora. Diz o jornalista:

Pode ser que tenha sido alertada por algum assessor – haverá os que a alertam sem receio de levar um contravapor como os muitos que conhecemos por relatos próprios ? –, mas o fato é que a presidente Dilma ontem, no discurso oficial de abertura da reunião geral da ONU, não foi explícita em sua crítica aos ataques da coalizão de países contra o Estado Islâmico.

Dilma, que na véspera dissera “lamentar enormemente” os bombardeios, apenas condenou o “uso da força” e as ‘intervenções militares’ como forma de resolver conflitos, o que já é um absurdo dito assim, genericamente.

Mas o absurdo de dar o mesmo tratamento aos Estados Unidos e ao Estado Islâmico já havia sido perpetrado no dia anterior, quando a presidente disse em uma entrevista coletiva que “os dois lados” precisavam dialogar, como se fosse possível diálogo com um bando de terroristas que decepam cabeças ao vivo na televisão.

Discursando logo depois, e certamente não em resposta à nossa “soberana”, mas aos críticos em geral dos ataques contra os radicais que dominam territórios no Iraque e na Síria, entre os quais se encontra o “democrata” Putin, presidente da Rússia, o presidente americano Barack Obama disse que “a única língua que assassinos entendem é a força”.

E eis o ponto-chave aqui: Obama, merecedor de inúmeras críticas que lhe faço desde o primeiro dia de governo, o presidente mais fraco e pusilânime dos Estados Unidos desde Jimmy Carter, conseguiu posar de razoável perto de Dilma.

O mesmo para o secretário-geral da ONU. Para Ki-Moon, os adeptos da barbárie só serão contidos por operações militares como as executadas pelos Estados Unidos. É o óbvio ululante, que até mesmo Obama e a turma romântica da ONU reconhecem. Menos Dilma…

Talvez por afinidade ao terrorismo de sua juventude, talvez pelo excesso de relativismo moral, ou ainda pela defesa dos regimes mais nefastos do mundo, o fato é que Dilma levou, em nome do Brasil todo, uma mensagem abjeta à tribuna da ONU, praticamente defendendo os mais asquerosos seres humanos do planeta.

Muitos falam do complexo de vira-latas dos brasileiros, do fato de que adoramos nos diminuir, nos ridicularizar, e só elogiar o que vem de fora. Mas pergunto: como evitar esse sentimento de vergonha profunda, de desprezo pelo que somos, quando nossa presidente eleita faz um papelão ridículo desses perante o mundo todo?

Enquanto o Brasil tiver uma “presidenta” como Dilma, acho perfeitamente legítimo constatar que merecemos a alcunha de “vira-lata” mesmo. Nenhuma “raça” nobre adotaria postura “neutra” entre Estados Unidos e terroristas islâmicos!

Rodrigo Constantino

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