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Para que serve um título acadêmico?
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Por Heitor Machado, publicado pelo Instituto Liberal

É ponto pacífico entre economistas: nem infLaura, nem Gustavo Franco deixam de concordar que a educação é essencial para o aumento da produtividade.

Para surpresa minha, vi que o Brasil quintuplicou seu número de mestres e doutores nos últimos 20 anos, não se traduzindo em efetivo aumento de qualquer fator que não sejam os títulos. Produtividade, número de patentes registradas, riqueza, diminuição da desigualdade. Nada disso acompanhou a impressora de títulos acadêmicos. Além disso, não fizemos esse inflacionamento de diplomas acompanhado por uma abertura comercial, uma reforma amigável ao ambiente de negócios. A União soviética também tinha um número absurdo de doutores, até mais que os EUA.

Você também deve ter visto o caso do biólogo pós-doutor que dá aulas de surf para se sustentar e pela primeira vez depois de se formar está voltando a morar com a mãe. A conta chegou. Nunca nos preocupamos em formar para produzir riqueza, mas para conceder uma espécie de título de nobreza, um atestado de anos de estudo ao invés de um atestado de inteligência.

No país onde a profissão que mais remunera é ser dono de cartório, um título sem valor real atesta que você apenas ficou muitos anos na academia. Se você reclamar dessa política nas últimas décadas, ainda será taxado como quem odeia ver filho da empregada na faculdade.

Comentário do blog: Nem mesmo para concurso público o título de doutor serve mais, ao menos não mais do que uma vida de parasitagem no DCE ou algum sindicato qualquer. Vejam esse vídeo de um professor que denunciou esse absurdo na UESC:

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