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Pesquisas do Ibope mostram como Brasil ainda precisa melhorar muito
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Se você ficou todo animadinho com o sucesso da Olimpíada e acha que isso é sinônimo de grandes mudanças à frente, agora que o brasileiro recuperou sua “autoestima”, tudo que você precisa para tomar um balde de água fria na cabeça é ver as pesquisas do Ibope para as disputas municipais no Brasil. Será preciso muito mais do que um megaevento dentro dos conformes para tirar o país da lama. O buraco é bem mais embaixo. É estrutural, cultural.

Vamos analisar dois casos apenas: Rio e Porto Alegre. São duas das mais importantes cidades do país, em estados igualmente relevantes – e igualmente quebrados, após gestões irresponsáveis. Mas vejam só que pânico, que desespero! Em Porto Alegre, o grande responsável pela situação caótica do estado foi o petista Tarso Genro. E quem lidera para a prefeitura de Porto Alegre? Ela mesmo: Luciana Genro, aquele que culpa o “capital” por todos os males do planeta, que está num partido socialista que defende até o modelo venezuelano! Vejam:

– Luciana Genro (PSOL) – 23%
– Raul Pont (PT) – 18%
– Nelson Marchezan Júnior (PSDB) – 12%
– Sebastião Melo (PMDB) – 10%
– João Carlos Rodrigues (PMN) – 3%
– Júlio Flores (PSTU) – 3%
– Mauricio Dziedricki (PTB) – 3%
– Marcello Chiodo (PV) – 2%
– Fábio Ostermann (PSL) – 1%
– Branco/nulo – 15%
– Não sabe/não respondeu – 10%

A pesquisa foi encomendada pelo Grupo RBS. O Ibope ouviu 602 eleitores entre os dias 18 e 21 de agosto. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de quatro pontos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%.

A minha margem de segurança quando se trata do Ibope nunca é 95%. Mas mesmo assim, e mesmo reconhecendo que as campanhas estão só começando, não é um quadro assustador? O que os gaúchos têm na cabeça? Com um candidato como Nelson Marchezan Jr., que tem feito excelentes discursos na tribuna em defesa do empresário, os eleitores preferem uma socialista chata, linha-auxiliar do PT, que defende até Maduro e só sabe atacar o “capital”?

Mas antes que o leitor carioca comece a tirar sarro do amigo gaúcho, é bom ver a realidade na “cidade maravilhosa”, aquela que acabou de mostrar ao mundo todo suas belezas naturais – até porque as artificiais são raras. Vejam que coisa medonha:

Crivella tem o recall do nome conhecido e a força da Igreja Universal por trás, fenômeno parecido ao de Russomanno em São Paulo, seguido de Marta Suplicy (o que mostra como os paulistas também são doidos ou burros, em linhas gerais). Mas Marcelo Freixo em segundo? O que é isso, companheiros? Outro socialista? Do partido defensor do modelo venezuelano? Vocês ainda acreditam no falso herói do cinema, em “Tropa de Elite”?

A boa surpresa, ao menos, é ver Flávio Bolsonaro em terceiro lugar, já colado no socialista. Menos mal. Há luz no fim do túnel. Mas a fotografia estática é ou não de embrulhar o estômago? É capaz de desafiar a crença do mais democrata dos democratas nesse sistema em que os piores acabam sendo escolhidos. Se não fossem as vantagens da democracia, como também permitir que esses piores sejam retirados sem derramamento de sangue…

Enfim, os defensores do bom senso e da liberdade ainda têm muito trabalho pela frente. O menu de opções oferecidas é lamentável, mas mesmo assim, entre o que há à disposição, como escolhem mal! Dá para ter tanta esperança assim no Brasil? Teremos de escolher entre a Igreja Universal e a Igreja Socialista? Não há coisa melhor? Que dureza…

Rodrigo Constantino

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