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Privatizar estatais é o caminho certo
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Alguns esquerdistas acusam os liberais de só criticar o governo, sem oferecer alternativas e soluções. Falso, como de praxe. Se a situação caótica em que vivemos exige uma união mais objetiva contra o atual governo, a mensagem principal da nova direita que nasce no país não é negativa ou antipetista acima de tudo, e sim propositiva e construtiva. Os liberais apontam os caminhos, mostram o que poderia, de fato, tirar milhões da miséria de forma sustentável e reduzir a corrupção.

Um exemplo claro dessas propostas são as privatizações. Sou autor de Privatize Já, um livro que mostra, com muitos dados e argumentos e de forma leve e acessível aos leigos, como a privatização melhorou o Brasil e o mundo. Tanto teoria como prática comprovam: privatizar é o caminho certo, é o que poderá melhorar os serviços públicos que hoje infernizam a vida dos brasileiros. E um estudo da Bain, divulgado pela Exame, mostra quanto o governo poderia arrecadar com a venda de algumas estatais:

A Bain calcula que o governo poderia levantar 290 bilhões de reais com a venda de oito grandes empresas, entre elas a Caixa e as participações que detém na Eletrobras e no Banco do Brasil.

Segundo a Bain, só a venda das ações da Petrobras — incluindo a BR Distribuidora —, cuja participação acionária do governo é de 46%, poderia render 132 bilhões de reais. A Eletrobras, controladora de geradoras de energia como Furnas, Itaipu e Chesf e de distribuidoras no Norte e no Nordeste, pode valer 27 bilhões.

Para chegar a esses valores, a Bain fez uma média entre as avaliações obtidas por dois métodos. Um deles considera o valor de mercado estimado das estatais e sociedades de economia mista. O outro leva em conta quanto valem em bolsa companhias privadas de capital aberto que atuam nos mesmos setores.

A comparação entre os dois métodos revela quanto as estatais representam de ineficiência para a economia. Pelo primeiro método, o conjunto de empresas controladas pelo Estado analisado vale 214 bilhões de reais, 30% menos do que valeria se essas estatais tivessem avaliação semelhante à de empresas privadas.

Um exemplo gritante é o da Eletrobras: se fosse privada, seu valor de mercado chegaria a 73 bilhões de reais — mais do que o quádruplo do valor atual, de 16 bilhões de reais. “Sob controle privado, as empresas seriam mais eficientes, lucrativas e valiosas”, diz Fernando Martins, sócio da Bain.

Outro exemplo concreto de ineficiência está no setor portuário. Sete portos públicos são administrados por companhias Docas controladas pelo governo federal. Elas costumam falhar numa missão primordial: manter boas condições de tráfego para os navios.

Ou seja, há muito que fazer em prol dos mais pobres só vendendo as estatais ineficientes e corruptas na mão do governo. Não é uma panaceia, uma solução milagrosa, e nem os liberais dizem isso. Mas é um passo fundamental para melhorar os serviços públicos e a qualidade de vida da população. Outro dia mesmo ironizei em minha página do Facebook:

Fui abastecer hoje e coloquei o mesmo valor de sempre. Qual não foi minha surpresa ao ver que, em vez dos 3/4 usuais, o tanque ficou completo! O preço caiu. Mesmo ao dólar atual, dá uns R$ 2,40 por litro. Pensei comigo: deve ser terrível para esses americanos não ter uma PetroUSA para cuidar do petróleo “deles” como temos a Petrobras…

Detalhe: a gasolina americana é de qualidade muito superior à brasileira, que é toda misturada. O brasileiro está mesmo feliz com o “seu” petróleo cuidado pela estatal Petrobras? Nós, ao contrário da esquerda, temos propostas sim, e elas fariam muito para aliviar o atual fardo que recai sobre todos nós, principalmente os mais pobres. Privatizar as estatais seria um ótimo começo!

Rodrigo Constantino

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