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Queriam um globalista para a educação?
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A escolha do filósofo Ricardo Velez Rodriguez para o Ministério da Educação causou rebuliço na esquerda, pois o professor, indicado por Olavo de Carvalho, tem plena noção da ameaça ideológica marxista e combate-la será sua prioridade à frente do ministério.

Chega a ser cômico, ainda que trágico, a turma “progressista” tentar diminuir o problema da doutrinação ideológica nas escolas e universidades. O jornal O GLOBO chegou a jogar um “supostamente” na frase, como se não fosse fato que partidos de extrema esquerda controlam aparatos de militância dentro de sala de aula, com agentes partidários disfarçados de professores, tentando “fazer a cabeça” da garotada.

O ultraesquerdista Bernardo Mello Franco chegou a escrever que Bolsonaro, por acaso, quase acertou quando pensou em indicar o nome de alguém ligado ao Instituto Ayrton Senna, vetado pela bancada evangélica. Se alguém que só defende o esquerdismo em suas colunas estava contente com tal escolha, então fica claro que nos livramos de uma boa.

A verdade é que a principal luta é contra o globalismo, ou seja, a infiltração da pedagogia “social” parida pela Unesco e companhia e importada para nosso ensino,  com fortes pitadas do comunismo de Paulo Freire. As escolas e universidades precisam resgatar os currículos clássicos, a disciplina, o verdadeiro pluralismo, não ficar enfiando marxismo goela abaixo dos alunos, como faz hoje.

Velez entende isso perfeitamente, e por isso causa tanta reação nos “intelectuais orgânicos” do gramscismo. Mas não deixa de ser engraçado ver a choradeira pelo fato de Velez ser de direita, um conservador. Ora, queriam um globalista de esquerda apontado por Bolsonaro? Queriam um “progressista” do tipo Janine Ribeiro?

Guilherme Macalossi resumiu bem: “A escolha de Ricardo Velez Rodrigues para o Ministério da Educação de Bolsonaro é, acima de tudo, lógica. Não faria o menor sentido indicar alguém que não estivesse alinhado com o presidente eleito”. E aproveitou para alfinetar os jornalistas chorões: “Quantos jornalistas que falam do Ricardo Velez Rodrigues já leram algum livro publicado por ele? Descobriram que o futuro ministro existe quando seu nome começou a ser mencionado. Não leem, não conhecem pesquisadores e consideram intelectuais figuras como Paula Lavigne”.

Merval Pereira, que ninguém pode acusar de direitista, também reconheceu que não há estelionato eleitoral algum, que era apenas natural Bolsonaro indicar alguém ideologicamente alinhado a ele:

Não surpreende ninguém, Bolsonaro foi eleito porque pensa assim, porque disse as coisas que disse durante a campanha. Pode-se discordar dessa linha, muita gente votou no Bolsonaro por causa disso, muita gente votou no Bolsonaro apesar disso, achando que a volta do PT seria pior. Muita gente votou no Haddad para evitar o Bolsonaro e o que ele pensa, mesmo sem ser petista.

Mas a grande maioria do eleitorado que elegeu Bolsonaro, tenho a impressão, concorda com ele, e comunga dessas idéias. Não há, portanto, estelionato eleitoral, é um fato anunciado. O que vamos ver agora é como as decisões de governo vão se dar.

Se acontecer na educação o mesmo aparelhamento colocado em prática nos governos petistas, com o sinal trocado, levando o sistema educacional a uma direção ideológica de direita, em detrimento dos aspectos técnicos que necessitam ser atacados para que a educação brasileira deixe de ser tão ruim quanto é, o governo Bolsonaro será criticado, assim como os governos petistas foram.

Claro que uma minoria pode desejar uma “doutrinação com sinal invertido”, mas isso mais parece um espantalho do que uma preocupação real. Está tudo dominado por marxistas, e o que a direita quer, incluindo o projeto do Escola Sem Partido, é resgatar a educação imparcial, séria, clássica, liberal, voltada para o verdadeiro aprendizado dos alunos.

Chamar o resgate de valores de “doutrinação à direita” é um equívoco que já expõe o ranço do legado de Freire, para quem todo ensino é ideológico. Ora, ensinar matemática correta, língua correta, e literatura clássica, tudo isso com disciplina em sala de aula, não é doutrinação conservadora, e não pode ser comparado ao que ocorre hoje, com marxistas destruindo as escolas e universidades com sua ideologia relativista, promíscua e revolucionária.

É salutar e alvissareiro que alguém com o perfil e bagagem intelectual de Ricardo Velez Rodriguez assuma o controle do MEC para tentar colocar alguma ordem nessa bagunça orquestrada pela esquerda radical.

Rodrigo Constantino

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