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As reações ao atentado contra Jair Bolsonaro
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Jair Bolsonaro leva uma facada de um sujeito que foi filiado ao PSOL por vários anos, tinha “Lula Livre” em sua página na rede social e ligação com a causa palestina, e que aparentemente contou com ao menos dois cúmplices no atentado terrorista à nossa democracia (Bolsonaro é o líder das pesquisas). Mas a mídia evita falar da ligação do criminoso com o PSOL e prefere insinuar que se trata de um “maluco”, um “lobo solitário”. Não vai colar.

O povo sabe do que nossa extrema-esquerda é capaz. A população lembra de Celso Daniel e várias testemunhas que também morreram, suspeita da queda do avião de Eduardo Campos e do avião de Teori Zavascki, e está ciente do modus operandi dessa turma que defende até o modelo venezuelano. Ninguém que acompanha política de perto fica surpreso com suspeitas de envolvimento de gente do PT ou do PSOL em crimes.

Agora resta torcer para a recuperação rápida de Jair Bolsonaro, que já gravou um vídeo do hospital agradecendo pelo apoio de todos, aos médicos e enfermeiros, a Deus por estar vivo, dizendo que nunca fez mal a ninguém. O tom adotado nessa primeira aparição pública mostra alguém grato por ter sobrevivido, que quer estar com a família antes de tudo.

Seguindo essa toada, Bolsonaro tem tudo para se mostrar um estadista capaz de unir a nação, evitando o clima de revanchismo e vingança. Claro, ele e sua família, assim como seus fãs e todos nós, temos total direito de cobrar justiça, e demandar uma investigação até o fim para saber de onde veio a ordem do crime. Mas o Brasil precisa, agora, superar esse ambiente de guerra em que nossa política se transformou. E isso só será possível se as lideranças se colocarem acima desse desejo por sangue e vingança.

Quem culpa a “intolerância” do próprio Bolsonaro pelo ocorrido está sendo oportunista e desonesto. “Não é possível recorrer ao clima de polarização para racionalizar uma tentativa de assassinato”, resumiu o editorial da Gazeta do Povo. A ex-presidente Dilma tentou ir por esse caminho, assim como o jornalista Ricardo Noblat. Insinuaram que Bolsonaro, a vítima, teria alguma responsabilidade pelo crime que sofreu, e que quase o matou. Balela! William Waack fez uma análise bem mais fria e correta:

“Ele está mais forte do que nunca, consciente, conversando, bem humorado. Um recado para esses bandidos que tentaram arruinar a vida de um cara que é um pai de família, que é esperança para todos os brasileiros: vocês acabaram de eleger o presidente, vai ser no primeiro turno”, disse Flávio Bolsonaro.

Outro filho do presidenciável, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) disse que a faca “entrou 12 centímetros dentro dele”. “Foi por um milagre que ele tá vivo. Se ele demorasse mais cinco minutos para chegar no hospital, ele teria morrido”, disse Eduardo, que acrescentou que a primeira equipe de atendimento foi responsável por salvá-lo.

Nas redes sociais, vimos muita comoção, assim como em frente ao hospital o povo foi lá prestar sua homenagem, cantar o hino nacional, já que o crime aconteceu na véspera do feriado de 7 de setembro, e lembrando que Bolsonaro é o candidato mais associado ao patriotismo.

Há também as reações que não vimos, num silêncio ensurdecedor. Ana Paula do Vôlei apontou para uma delas: “Passei pra ler a nota de repúdio do Comitê de Direitos Humanos da ONU ao atentado contra um candidato à Presidência no Brasil e onde também expressam preocupação com essa violência contra nossa democracia. Ainda não encontrei”.

O Partido Novo soltou uma nota elegante, cancelando eventos, pedindo paz e desejando melhoras ao candidato hospitalizado:

O NOVO havia preparado uma ação nacional partidária para este 7 de setembro, envolvendo seus filiados, voluntários e candidatos.

Porém, em função do inaceitável ataque ao candidato Jair Bolsonaro e à democracia, estamos orientando que as ações de hoje que não puderem ser desmobilizadas, sejam transformadas em ações em prol da união nacional, por mais tolerância e contra a radicalização.

O NOVO apela aos apoiadores que venham a participar de algum evento no dia de hoje, que tenham cuidado e respeito pelo delicado momento que estamos vivendo. ‪

Reiteramos nossa torcida pelo pronto reestabelecimento do candidato Jair Bolsonaro, pelo esclarecimento do atentado e pela estabilização, calma e consciência do povo brasileiro.‬

Mas parece inegável que esse atentado contra a vida de Bolsonaro vai produzir uma migração de votos de Amoedo para Bolsonaro. Foram várias mensagens com teor semelhante a esses em minha timeline, de gente que pretendia votar no Novo por convicção, mas que decidiu mudar o voto depois do que aconteceu:

“Meu candidato até hoje pela manhã era o Amoedo. Agora vou de pois estamos vendo quem é o inimigo da esquerda”.

“Eu ia votar no João Amoedo, do Partido Novo. Estava decidida e convicta! Estamos numa democracia, não é? Não! Eu me dei conta de que estamos numa guerra! Depois desse atentado eu realmente fiquei indignada com a esquerda raivosa e assassina. Eu me lembrei do avião do Eduardo Campos, do avião do Teori Zavascki, do Celso Daniel + 7 testemunhas, do Toninho do PT… Estou declarando, oficialmente, que mudei de candidato. Eu agora sou Bolsonaro #17.”

Não resta dúvida de que muito disso é o fígado agindo mais do que o cérebro, e é compreensível. No momento em que vemos as imagens da facada, de Bolsonaro quase morrendo pelas mãos de um esquerdista, isso gera uma revolta enorme que cega todo o restante.

Sim, talvez seja o caso mesmo de uma guerra aberta em que aquele com mais firmeza no combate aos inimigos mereça ganhar, como única chance de reação aos bandidos comunistas. Mas o núcleo duro que cerca Bolsonaro terá que respirar fundo para evitar excessos produzidos pela bile nessa hora. Como já disse, o tom de revanchismo pode canalizar emoções no primeiro momento, mas tende a se dissipar. Falas como a de Mourão, de que os “profissionais da violência” são eles, os militares, soa desastrosa do ponto de vista estratégico.

Luciano Trigo resumiu bem com quem estamos lidando: “Eleitores do PT comemoram; militantes do PSOL comemoram; estudantes formados na escola com partido comemoram; a reação dessa gente mostra o que seria a volta do PT ao poder: um governo no qual assassinatos de adversários políticos seriam comemorados. o ambiente para isso já está criado”. Reagir a isso com total firmeza é uma obrigação de todos nós, brasileiros decentes e patriotas. Mas com um mínimo de calma e reflexão também.

Se, afinal, a resposta for intensificar o grau de raiva e violência “do lado de cá”, então os comunistas já terão vencido, pois o Brasil se tornará um país inviável. Agora, se o resultado for a percepção de que a verdadeira ameaça fascista vem da esquerda, que petistas e psolistas são incompatíveis com nossa democracia, que a mídia faz um jogo sujo para proteger comunistas, e que Bolsonaro pode efetivamente sair mais forte dessa, propondo uma união nacional em prol de um projeto de país, então teremos alguma chance.

Rodrigo Constantino

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