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República x Populismo: senador boliviano perseguido por Morales nos convoca à luta pela liberdade
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Molina

Em sua palestra no II Fórum Liberdade e Democracia, em Vitória, o senador boliviano Roger Pinto Molina disse que considera os conceitos de direita e esquerda ultrapassados. Conhece vários amigos de direita que defendem bandeiras sociais com mais veemência do que esquerdistas, e conhece esquerdistas ricos que vivem como empresários capitalistas. A principal distinção que faz é entre republicanos e populistas.

Segundo Molina, desde os antigos gregos temos a defesa do conceito de República como pilar das liberdades. São três principais valores por trás dela: o direito de cada um à vida, à liberdade de viver como quiser, associar-se ao partido ou credo que desejar, e à propriedade privada. Sem esses três pilares, o indivíduo não goza de liberdade.

Já o populista, diz Molina, coloca seus próprios interesses acima desses valores básicos, não respeita a liberdade alheia, fala em nome do povo, mas se julga o próprio povo, sem tolerar as diferenças. O populista está disposto a sacrificar o próximo em prol de seus objetivos, sua sede por poder.

A América Latina, infelizmente, foi tomada pelos populistas nos últimos 15 anos, por um grupo que se espalhou por vários países com essa prática populista. A boa fase da economia lhes concedeu os recursos necessários para seu projeto populista, e os pilares republicanos foram corroídos em diversos países.

Molina conclamou todos a lutar contra tal projeto, a defender os verdadeiros valores republicanos. Os populistas se alimentam da pobreza, necessitam dela para sobreviver. Não gostam dos pobres, e sim da dependência que têm do estado e suas esmolas. É fundamental que cada um de nós, ciosos dos princípios republicanos, façamos nossa parte para impedir o avanço do populismo na América Latina.

PS: Molina sofreu na pele o fardo populista, pois foi perseguido pelo governo Evo Morales na Bolívia, pelo “crime de opinião”. Morales depende do apoio dos cocaleiros para se manter no poder, e o ápice de seu populismo foi quando tomou à força propriedades da Petrobras, com o apoio de Chávez e Fidel Castro. O governo brasileiro foi conivente, não reagiu, não fez nada. Assim como foi cúmplice quando manteve o próprio Molina como prisioneiro na embaixada de La Paz por quase 500 dias, em condições desumanas, sem ver a luz do sol. O PT, afinal, é o representante no Brasil desse populismo condenado por Molina. É contra ele que devemos lutar.

Rodrigo Constantino

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