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Rio: a verdadeira calamidade
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Quem me acompanha sabe: se tem uma coisa de que não sofro é ufanismo ou bairrismo provinciano. Nasci no Rio, na “cidade maravilhosa”, sou carioca da gema, mas sou o primeiro a reconhecer: trata-se de um estado totalmente fracassado. E a maior causa desse retumbante fracasso, em minha opinião, é justamente o fato de que tantos fluminenses se recusam a enxergar o óbvio, a reconhecer o fracasso evidente. Preferem se achar malandros em vez de admitir que são otários, que vivem no caos. Acham que só eles sabem “levar a vida” numa boa, descolados, com ginga e jeitinho. Deu nisso.

O Antagonista recortou a notícia do JN e estampou hoje a dura realidade do povo fluminense:

O Jornal Nacional, na segunda-feira, calculou que “só nos quatro primeiros meses de 2016 o Estado do Rio de Janeiro teve 21 roubos a cada hora e 14 assassinatos por dia.

Os registros de homicídio crescem a cada mês. Já são 1.715, 15% a mais do que no mesmo período de 2015.

Os roubos também subiram nesse período. Foram mais de 63 mil, aumento de 21% comparado com o início de 2015″.

Essa é a verdadeira calamidade.

Uma calamidade, diga-se, construída pelo próprio povo. Não é uma desgraça natural, mas o resultado de décadas de equívocos. É quase uma vocação! O Rio vota muito mal. O Rio é a capital nacional da esquerda caviar global, dos “intelectuais” socialistas, do funcionalismo público, dos sindicatos e estatais. O Rio é o playground de Chico Buarque, antes de partir para o refúgio em Paris. O Rio é a terra de Marcelo Freixo, o queridinho dessa gente. Foi no Rio que Heloísa Helena mais teve votos proporcionais quando disputou a presidência. O Rio deu vitória ao PT com folga. O Rio foi onde o gaúcho Brizola se fez na política, com seu populismo nacionalista tosco. O Rio abriga a pior ala do PMDB, aquela que quase impediu o impeachment de Dilma. Tinha como dar certo, por acaso?

Em breve estarei no Rio para lançar meu novo livro, que fala justamente disso tudo, do como nosso excesso de “malandragem” produziu apenas um país de otários, sendo o Rio o melhor exemplo disso. Terei de me benzer, já que não posso levar uma pistola para me defender. Ao contrário da Flórida, o Rio proíbe armas para cidadãos corretos. Elas só são liberadas para os marginais, que depois ainda são tratados como “vítimas da sociedade” pelos “intelectuais” e artistas. O Rio é uma piada. Uma calamidade.

Mas me mandam relaxar. É que vem Olimpíadas aí, e o mundo verá como o Rio é lindo e como seu povo é amigável e acolhedor. Quebrou o estado antes mesmo dos jogos, o que é inédito: a Grécia ao menos quebrou depois. E o povo carioca, vejam só, poderá escolher uma Jandira Feghalli, um Freixo, um Molon para comandar a “cidade maravilhosa”. Não é incrível?

Rodrigo Constantino

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