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Secretário-geral da OEA descobre a pólvora com “pequeno” atraso e diz que não há democracia na Venezuela
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O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse nesta segunda-feira (22) que a ratificação da condenação contra o opositor venezuelano Leopoldo López foi o “marco” do final da democracia e do Estado de Direito nesse país.

“Nenhum foro regional, ou sub-regional, pode desconhecer a realidade de que, hoje, na Venezuela, não há democracia nem Estado de Direito”, escreveu Almagro em uma carta aberta a López, a quem chamou de “amigo”.

“Vou ser sincero: a princípio, após sua prisão, não sabia se era um preso político, o governo (em Caracas) havia convertido a mentira em verdade continental; mas quando vi a sentença, assimilei palavra por palavra a dimensão do horror político que vive este país”.

Na carta de oito páginas, Almagro ressalta o clima de “intimidação” contra opositores na Venezuela e a corrupção de altos funcionários, e defende a realização do referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro.

“Em nenhuma circunstância se deve utilizar o poder (…) para impedir que o povo soberano se expresse”.

Para o ex-chanceler uruguaio, os venezuelanos são “vítimas da intimidação”, que se tornou em um “signo político governamental tangível” em meio “à gestão ineficaz do governo”.

O governo venezuelano “procura manter o poder negando ao povo a possibilidade de decidir mediante o voto e recorrendo à violência contra os que se manifestam ou têm opiniões diferentes”.

“Foi ultrapassado um umbral, que significa o fim da democracia”.

Sério? Jura? Não brinca! Não é isso que os liberais e conservadores dizem há mais de uma década? Não estava evidente ainda que o “socialismo do século XXI” era exatamente igual ao do século XX, mas repetido como farsa em ver de só tragédia?

Agora o chefe da OEA precisa só avisar aos petistas e psolistas, aos “estudantes” que estão curtindo alguma onda errada da maconha enquanto cabulam aulas, e aos “intelectuais” que deveriam estar dando essas aulas, mas preferem fazer proselitismo ideológico e pregar o socialismo.

Funciona sempre assim: os vermelhinhos ficam encantados com algum brutamontes, de preferência fardado, que fala em nome da igualdade, da justiça social, dos pobres, pregando como solução o socialismo. Os liberais e conservadores apontam para o inevitável fracasso do troço, acusam o sensacionalismo demagógico da coisa, e são ignorados ou ridicularizados pelos “ungidos”.

Depois vem o caos, a desgraça inexorável. Os socialistas, em negação, recusam os fatos. Lula diz que há excesso de democracia na Venezuela, e tanto ele como Dilma gravam mensagens de apoio ao herdeiro do bufão. O PSOL declara seu apoio ao regime também. Depois, quando a tragédia fica escancarada demais, culpam as elites, o Tio Sam, o imperialismo estadunidense, o capitalismo, e ensaiam um gradual afastamento.

Até o ponto em que vão afirmar que o modelo venezuelano não tinha nada de socialista, que o marxismo foi “deturpado”, e que seu fracasso é, na verdade, prova dos riscos do neoliberalismo fascista!

Se a estupidez não fosse espalhada de forma tão democrática pela América Latina, esse tipo de canalhice não se repetiria. Mas a burrice, como sabia Roberto Campos, tem um passado glorioso e um futuro promissor no continente. Essa nova tentativa não deu. E claro que a culpa não foi do socialismo. Aguardemos, portanto, o “socialismo do século XXII”. Agora vai…

Rodrigo Constantino

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