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Senhor Presidente
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Por Paulo Bressane, em O Tempo

Segundo a última pesquisa CNI/Ibope, o seu governo continua igual ou pior que os governos Dilma para 69% da população. É uma pena, pois, apesar dos pesares, o país deveria ser mais politizado e lhe dar um crédito inicial. Presumo que o senhor já esperava por isso, e foi um alívio saber que não adotará medidas populistas, preferindo seguir o caminho espinhoso das reformas, que são cruciais não só para reverter o desastre que nos foi legado pelos governos petistas, mas também para nos dar um rumo para o desenvolvimento sustentável. Sabemos que os entraves políticos e econômicos são imensos, mas também sabemos que o senhor não tem nada a perder, portanto, às favas com a popularidade, tem muita gente torcendo para que sua tenacidade não esmoreça, pois só assim conseguiremos construir uma estrada pavimentada para a nova geração.

O SENHOR sabe muito bem que o governo não consegue produzir riquezas, e isto deveria ser esclarecido para a sociedade de maneira mais enfática, mas devemos reconhecer que sua iniciativa de mostrar a realidade dos números desastrosos do petismo com a campanha publicitária “Vamos tirar o Brasil do vermelho para voltar a crescer” é digna de aplausos. E a mensagem final do texto também nos dá esperanças: “Equilibrar as contas públicas é mais do que necessário. É urgente. Para nunca mais ter pedaladas. Para nunca mais ter R$ 170 bilhões de contas públicas no vermelho. E para, definitivamente, nunca mais ter 12 milhões de desempregados. Porque quando um governo gasta mais do que arrecada, quem paga a conta é você.”

A MENSAGEM subliminar desta campanha representa a esperança de milhões de brasileiros que torcem por um novo Brasil, onde não haja mais espaço para esquerdismos insustentáveis, políticos corruptos e complacências ideológicas. Um novo Brasil, unido além dos partidos, sem corporativismos estatais, menos intervencionista e aberto à economia global. Conquiste a nossa fé, senhor presidente, não nos dê margem para criticá-lo amanhã – por que se necessário, o faremos –, nos traga de volta o otimismo, valorize o esforço da economia privada, bata na mesa, brigue, dê respostas aos insensatos, supere as crises do passado, abra caminhos para uma guinada liberal e nos leve a um país mais justo e igualitário. Repito, o senhor não tem nada a perder, mas nós temos muito a ganhar.

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