Por João Luiz Mauad, publicado pelo Instituto Liberal
De acordo com a revista People, vários estilistas americanos já declararam que, por motivos políticos/ideológicos, não irão ceder ou fornecer roupas para a nova primeira dama, Melania Trump. A designer de moda Sophie Theallet, que durante os últimos oito anos forneceu modelos para a senhora Obama, chegou a emitir uma nota à imprensa explicando seus motivos:
“A marca Sophie Theallet é contra qualquer discriminação e preconceito. . . . Eu mesma, como imigrante neste país, tenho sido abençoada com a oportunidade de perseguir os meus sonhos nos EUA. . . . Como alguém que celebra e se esforça pela diversidade, a liberdade individual e o respeito a todos os estilos de vida, eu não irei vestir ou associar-me de forma alguma com a próxima primeira-dama.”
No mesmo diapasão, o roqueiro Bruce Springsteen cancelou um concerto no Estado da Carolina do Norte, em protesto contra uma lei editada por aquele estado que proíbe condenações por atos de discriminação. Segundo o artista,“Algumas coisas são mais importantes do que um show de rock e essa luta contra o preconceito e a intolerância – que está acontecendo enquanto escrevo – é uma delas… Esse é o meio mais forte que tenho para levantar a voz em oposição àqueles que continuam a empurrar-nos para trás, em vez de para a frente.”
Pegue-se, por exemplo, o rumoroso caso da senhora Barronelle Stutzman, uma florista de 71 anos que teve sua vida virada do avesso – e seu negócio quase destruído – depois de, por motivos religiosos, se recusar a fazer a decoração para um casamento gay, no Estado de Washington. Barronelle foi vítima da imprensa esquerdista em todo país e teve de se defender perante a justiça de pesadas acusações de preconceito e discriminação contra os gays. Como esse, abundam nos EUA os casos de processos contra comerciantes e prestadores de serviço por motivos semelhantes.
Eis a diferença entre o império da lei e a arbitrariedade.