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CHARLOTTE, NC - SEPTEMBER 21:  Police and protesters carry a seriously wounded protester into the parking area of the the Omni Hotel during a march to protest the death of Keith Scott September 21, 2016 in Carolina. Scott, who was black, was shot and killed at an apartment complex near UNC Charlotte by police officers, who say they warned Scott to drop a gun he was allegedly holding.  (Photo by Brian Blanco/Getty Images)
CHARLOTTE, NC - SEPTEMBER 21: Police and protesters carry a seriously wounded protester into the parking area of the the Omni Hotel during a march to protest the death of Keith Scott September 21, 2016 in Carolina. Scott, who was black, was shot and killed at an apartment complex near UNC Charlotte by police officers, who say they warned Scott to drop a gun he was allegedly holding. (Photo by Brian Blanco/Getty Images)| Foto:

Abandonei a segunda temporada da série “Narcos” nesta quarta para acompanhar, ao vivo, os acontecimentos em Charlotte, Carolina do Norte, pela Fox News. Megyn Kelly passou boa parte do seu programa comentando as imagens, e depois Sean Hannity assumiu o controle. Fiquei mais de duas horas observando a ação policial, os atos dos “manifestantes”, as entrevistas e os comentários dos convidados, gente preparada como o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani.

Obama seria o presidente pós-racial, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, motivo de lágrimas de emoção e muita esperança por parte de milhões de pessoas (iludidas). O resultado concreto? A tensão racial atinge pico no país, com um clima de guerra não visto desde a década de 1960. Algo deu errado, muito errado. O que aconteceu?

Hannity, com sua típica firmeza, cobrava dos seus entrevistados respostas objetivas, e apontava o presidente Obama como um dos grandes responsáveis por essa lamentável situação. Afinal, Obama soube ser bem populista ao usar casos de negros mortos por policiais para explorar a cartada racial, jogando lenha na fogueira, fomentando esse racismo reverso que culminou no Black Live Matters, um movimento que demoniza toda a polícia como racista, um absurdo.

Nos casos que o presidente usou se descobriu, depois, que as “vítimas” não eram inocentes, que os “argumentos” usados pelos movimentos raciais eram falsos, como a frase usada de “mãos para cima, não atire”. Não foi nada assim. Esses negros mortos por policiais, que ficaram nacionalmente famosos e mereceram a atenção do presidente, atacaram os policiais, armados, e estes apenas reagiram. Tudo foi esclarecido pela justiça (por negros), por testemunhas (negras), por policiais (negros).

Não importa. Os fatos não importam! Tudo que importa para alguém como Obama é a retórica, a narrativa. Tanto que ele falou recentemente de seu “legado” (qual?), afirmando que os negros não podem votar em Donald Trump. Obama quer controlar o voto de todos os negros, como se fosse o único representante deles. É racismo reverso o nome disso. O monstro do BLM foi alimentado por esse tipo de discurso do presidente, que é repetido pela candidata Hillary Clinton também.

Em Charlotte, mais um negro foi morto pela polícia. Ele estava ou carregando um livro, como atestam os “manifestantes”, ou uma arma, como diz a polícia. Por que os “manifestantes” não esperam o desenrolar das investigações? Por que se julgam no direito de depredar tudo, de jogar pedras nos policiais, que são trabalhadores com a missão de proteger e servir? Isso é prejulgamento, preconceito, anarquia.

O clima de anomia, de ausência de leis, tem crescido com esse tipo de “manifestação”. Alguns membros do BLM entrevistados não sabiam responder objetivamente o motivo do protesto. Sobravam slogans, frases prontas de efeito, saídas diretamente das universidades, dos “intelectuais” de esquerda que retratam a América como uma nação racista e o “sistema” como enviesado. Quando pressionados a responder como a polícia deve agir, se os negros representam 13% da população, mas mais de 40% dos crimes, não sabem o que dizer.

Giuliani lembrou que em sua gestão a criminalidade despencou. Por quê? Porque ele colocou mais policiais nas ruas, com policiamento ostensivo, nas comunidades negras, onde a taxa de criminalidade era maior. Ou seja, ele protegeu a população negra desses marginais. Os trabalhadores negros agradecem. Mas hoje isso não tem sido possível, graças aos movimentos como o BLM. Fazer isso já seria “profiling”, o que não é aceito. Abordar negros suspeitos não pode mais. Resultado: aumento da criminalidade, com as grandes vítimas sendo os próprios negros.

Tanto que, como Hannity não cansava de lembrar, só em Chicago, terra do presidente, foram 3.360 negros mortos desde que Obama assumiu. Alguém sabe o nome de um deles? Não! Por quê? Porque esses negros mortos não interessam. Foram mortos por outros negros, então não rendem bons slogans contra a polícia, o sistema.

Obama era um agitador de massas em Chicago, inspirado pelo radical Saul Alinsky. Por isso se identifica tanto com esses líderes do BLM hoje. Tudo que sabia fazer era instigar a revolta, ainda que direcionada para os alvos errados. É sua história de vida. E esse sujeito é adorado pelos “intelectuais” da esquerda caviar!

Hoje temos esse resultado aí. Em Charlotte, 16 policiais já foram feridos em dois dias de “protestos”, e tudo porque um negro de 42 anos morreu, mas ninguém sabe ainda se ele era mesmo inocente ou não. E não parecem dispostos a aguardar o devido processo legal, pois se sentem acima das leis, instigados pelos “intelectuais” de esquerda, pelos agitadores de massas, os novos Obamas, e pelo próprio presidente e seu partido.

Um dos “manifestantes” disse que todos os brancos são demônios. Outro agrediu um repórter da CNN, que costuma pintar esses marginais como vítimas. Uma pessoa morreu, pelas mãos de civis mesmo, segundo a polícia. Uma mulher, branca, toda tatuada, sentava à frente da linha policial bancando a vítima, sentindo-se provavelmente a alma mais justa e rebelde do planeta, na segurança do solo americano. Será que ela sobreviveria por um dia na África?

Há em curso hoje, em solo americano, uma “guerra contra a polícia“, que é instrumento anárquico e revolucionário que usa como pretexto o racismo. Ninguém nega que exista racismo, mas não é ele que explica a maior taxa de criminalidade das comunidades negras. Atacam um espantalho, e depois demonizam qualquer um que não aceita tais mentiras, mesmo que negros, como Thomas Sowell ou Walter Williams.

O importante é rotular o adversário, visto como inimigo. Trump passa a ser racista, preconceituoso, xenófobo, pois assim ninguém precisa debater seus pontos. A esquerda americana tem se limitado a essa tática abjeta de rotular os outros para encerrar o debate, que sequer começou. É pura intimidação. Mas quem são os verdadeiros racistas? Aqueles que apontam o real problema, ou aqueles que demonizam inclusive os policiais negros que trabalham sob risco para proteger a população negra decente?

Rodrigo Constantino

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