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Terroristas bengaleses eram jovens da elite: o problema é o fanatismo religioso, não a pobreza
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De todas as coisas erradas que a esquerda “progressista” interpreta sobre o terrorismo moderno, a mais bizarra talvez seja a de que ele se deve a um problema de desigualdade material. Tal visão é ideológica, não calcada em fatos, e pretende justamente impor sua ótica própria de que tudo é material, tentando, no processo, poupar o Islã de qualquer responsabilidade em nome do multiculturalismo. Que o próprio presidente Barack Obama repita essa baboseira é algo realmente assustador.

Com essa visão distorcida de mundo, foi um choque para os “progressistas” descobrir que os jovens terroristas bengaleses vieram de classe abastada e tinham estudado nas melhores escolas de elite:

Um era atleta universitário. Outro, filho de um ex-líder de um grande partido político bengalês. Assim como os dois primeiros, os demais também eram filhos de famílias abastadas e frequentavam escolas de elite e universidades. Mas na última sexta-feira, entraram em um restaurante em Daca e mataram 20 pessoas. Longe da imagem estereotipada de jovens pobres radicalizados nas escolas corânicas, o ataque em Daca revela a estratégia do Estado Islâmico (EI) de recrutar também jovens da classe média.

Os cinco jovens eram bengaleses e tinham por volta dos 20 anos. Alguns haviam sido dado como desaparecidos nos últimos meses. As famílias só tiveram notícias deles após a polícia invadir o restaurante e matar os terroristas que por 11 horas mantiveram dezenas de reféns. 

— Não é o meu filho, não é o meu filho — repetia Mir Hayat Kabir, ao saber que Mir Saameh Mubasheer estava entre os terroristas.

Mubasheer, que tinha 18 anos e estudava na Scholastica de Daca, uma escola inglesa de elite, estava desaparecido desde fevereiro. Para o pai, ele pode ter passado por uma lavagem cerebral.

— Notava que estava sob a influência de alguém. Fomos bons pais, mas o roubaram de nós — lamentou.

Sim, é um caso de doutrinação ideológica, ou melhor, religiosa. Consta que os assassinos atiraram em reféns que não sabiam alguma sura do Corão de cor, mas os “progressistas” preferem insistir que o terrorismo não tem ligação alguma com o Islã, uma religião tão “pacífica” e “amorosa”. Eles matam em nome de Alá, deixam claro que pretendem recriar um califado, desta vez global, e que todos os infiéis, hereges e apóstatas merecem morrer. Mas claro que seu terrorismo não tem absolutamente nada a ver com o Islã, e sim com a desigualdade no mundo…

Seria cômico, não fosse tão trágico. Essa gente cega está surpresa com a informação de que o Estado Islâmico recruta jovens de classe média? Ora, então não sabem que a Al Qaeda foi formada por um intelectual e que seu sucessor, Osama bin Laden, era de uma família saudita bilionária? Não tomaram conhecimento de que vários líderes terroristas tiveram acesso às melhores universidades, e que um deles era até doutor em Cairo?

Da mesma forma que os revolucionários comunistas nunca vieram do proletariado, mas sim da juventude de classe média ou alta, os terroristas islâmicos não são pobretões, e sim educados e muitas vezes ricos. Como era Yasser Arafat, entre tantos outros. Afinal, estamos lidando com uma ideologia, que é o ópio dos intelectuais. O fanatismo islâmico seduz o mesmo tipo de alma que o comunismo, o fascismo e o nazismo seduziram e seduzem. São totalitarismos com esse denominador comum: surgem para preencher um vácuo deixado pelo niilismo, pelo vazio espiritual, não material.

Mas a esquerda prefere acreditar que tudo de mal no mundo se deve à falta de mais recursos na conta bancária. Enquanto tiver essa visão equivocada, será cúmplice dos totalitários, negligente com os terroristas, idiota útil dos inimigos da liberdade. Explico melhor o que está em jogo nesse vídeo que fiz como resenha do ótimo livro do Dr. Sebastian Gorka sobre como derrotar o jihadismo:

A esquerda que não é canalha ou ela mesma totalitária, e sim apenas romântica, precisa acordar enquanto é tempo. Nem tudo no mundo se resume ao dinheiro. Quem pensa assim é o mais materialista de todos, e talvez esteja projetando em todos o que é. Há mais do que o vil metal no mundo, e pessoas matam por fanatismo religioso e ideológico.

O Islã, tendo sido criado por um profeta guerreiro, significando “submissão”, não deixando espaço algum para a divisão entre estado e fé, não ajuda muito, e serve como lenha na fogueira daqueles já com inclinações totalitárias. Sem reconhecer o verdadeiro inimigo, não há qualquer chance de vitória de quem defende a paz.

Rodrigo Constantino

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