Pegou mal a parada às escondidas da presidente Dilma e sua enorme comitiva em Portugal, com direito a jantar no chique restaurante Eleven, após milhares de euros gastos em hotéis igualmente de luxo.
Sim, já sabemos que a esquerda bolivariana é caviar e adora as benesses burguesas e capitalistas. Mas a questão é outra: o burguês capitalista paga do próprio bolso seus luxos.
Diz o governo que a gigantesca comitiva da presidente fez o mesmo: coçou o próprio bolso para liquidar a grande fatura. Mesmo? Não foi no cartão corporativo e ultra-secreto? Então faço como em um velho comercial do meu tempo: fotografou? Então dançou!
Eis o desafio que gostaria de fazer ao Executivo: poderia provar o que diz? Teria como mostrar ao povo brasileiro, em última instância o patrão e dono dos recursos, a fatura do cartão corporativo dos últimos dias? Tenho certeza de que muitos gostariam de ver a prova de que a grana não saiu dos cofres públicos – ao menos não diretamente. Que tal?
Não me leve a mal, presidenta, mas é que acreditar na sua palavra não é das coisas mais triviais que existem, especialmente depois do discurso em Davos. Prefiro, como São Tomé, ver para crer. Pode ser?
PS: A presidente, ao menos, tem bom gosto. O restaurante em Lisboa é bom mesmo, e posso atestar. Fui lá no meu trigésimo-quinto aniversário. As diferenças? Paguei com meu próprio dinheiro; não sou da esquerda caviar que vive condenando o luxo burguês e capitalista; não precisei ir escondido; e não saí carregado. No mais, nota 10 para o Eleven!
PS2: Prometo que não fui em quem deu a dica do ótimo restaurante em Lisboa. Fica a dúvida: teria sido aquela amiga íntima de Lula, a Rose? Aliás, onde está Rose?
Rodrigo Constantino
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