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Guilherme Boulos e sua vice.
Guilherme Boulos e sua vice.| Foto:

A candidatura do ultra-radical Guilherme Boulos pelo PSOL foi oficialmente anunciada, com apoio dos “intelectuais” de sempre e com a mídia tratando a coisa com a maior normalidade, como se Boulos, líder de um grupo criminoso de invasores de propriedade, fosse apenas mais um no pleito, representando a esquerda (extremistas, como sabemos, só há à direita para nossos jornalistas). Paulo Figueiredo comentou:

Todos os jornais de hoje estão repercutindo com muita simpatia a candidatura de um radical de esquerda barbudo, com maciço apoio dos “intelectuais”, orientação do Frei Beto, Caetano Veloso cantando e reuniões no apartamento-caviar da Paula Lavigne.

Não, você não acordou em 1989. Órfãos de Lula, os homens e mulheres decrépitos que afundaram o Brasil resolveram agora lançar Guilherme Boulos candidato à presidência. A esquerda brasileira perdeu mesmo tudo nos últimos – até a criatividade.

Ao Boulos, desejo apenas que tenha o mesmo início e fim de Lula na política: que comece perdendo as eleições para um outsider e termine a carreira na cadeia.

Vamos só torcer para que ele também não acabe com o que sobrou do Brasil durante o percurso.

Seria cômico, não fosse trágico. Mas enquanto a extrema-esquerda, atordoada, perde-se em retrocessos patéticos e comprova ser mesmo a vanguarda do atraso, a “onda liberal-conservadora” segue aumentando, deixando a turma vermelha afogada no caminho.

O Partido Novo divulgou hoje que ultrapassou a marca de 18 mil filiados, em ritmo de crescimento contrário ao declínio dos partidos de esquerda. Diz a nota do partido:

Em fevereiro batemos o recorde mensal de novas filiações. Foram 1215 novos registros e um crescimento líquido (filiações menos desfiliações) de 1058 filiações.

Na virada do mês, ultrapassamos a marca de 18.000 filiados. Vale lembrar que o NOVO não utiliza qualquer tipo de financiamento público partidário. É o único partido político sustentado exclusivamente por seus filiados e apoiadores, isto é, indivíduos que acreditam e se sentem representados pelas ideias e valores que promovemos. Somos contra a utilização dos impostos para financiar partidos políticos.

Murilo Medeiros, cientista político e assessor legislativo no Senado, publicou um texto na Folha hoje em defesa da agenda liberal-reformista, com dez itens que qualquer moderado de centro pode concordar. Em que pese a escorregada de incluir Macron na lista, o autor apresenta casos como o de Macri na Argentina e Piñeras no Chile para sustentar a onda reformista em alguns países, alegando que o Brasil não pode perder o bonde. Eis a pauta proposta:

1) Responsabilidade fiscal como cláusula pétrea, atrelada à ampliação de investimentos e fortalecimento de reformas estruturais, como a da Previdência; 

2) Maior abertura do país ao mercado internacional, menos regulações estatais e aprofundamento das privatizações;

3) Tolerância zero com o crime, endurecimento das leis penais e mais liberdade para o cidadão se proteger; 

4) Empreendedorismo prestigiado e prioridade à ciência, tecnologia e inovação; mais produtividade, melhores empregos; 

5) Estado simples e eficiente, a serviço dos cidadãos, com menos burocracia, mais transparência e combate firme à corrupção; 

6) Educação de excelência como prioridade nacional: menos doutrinação ideológica e mais ensino de qualidade, com foco no nível básico;

7) Novo pacto federativo, com descentralização de receitas e autonomia a estados e municípios na formulação de políticas públicas;

8) Apoio para os mais pobres prosperarem: programas sociais com ênfase na redução da pobreza e estímulo à igualdade de oportunidades;

9) Simplificação do sistema tributário, com incentivo à formalização e redução de impostos; 

10) Ciclo de crescimento sustentável aliando proteção do meio ambiente com geração de riqueza.

Até pouco tempo atrás, alguém que defendesse essas medidas seria considerado radical. Hoje, fica cada vez mais claro que essa é uma agenda moderada, necessária, de puro bom senso: privatização, abertura comercial, fim de privilégios, redução de gastos públicos e impostos, menos burocracia, descentralização de poder (federalismo), ambiente de negócios mais favorável, endurecimento no combate ao crime, tolerância zero. Quem pode ser contra?

Sabemos a resposta: a esquerda! Os Boulos e Lulas da vida. E também, diga-se, os tucanos, em boa parte. FHC tem sido um defensor do atraso também, ainda que não na mesma intensidade de seu camarada Lula. O autor do texto reconhece que o PSDB está longe de representar uma solução:

Não dá para ocupar a mesma trincheira trabalhista ou social-democrata que petistas e tucanos foram abraçando com o tempo. O caminho que restou, até agora sem representante significativo no Brasil, é a “alternativa liberal-reformista”, de linha centrista. 

Ou seja, acabou a hegemonia da social-democracia, moderada (PSDB) ou radical (PT e companhia), que tem sido responsável pelo resultado medíocre do Brasil, aprisionando o país na armadilha do baixo crescimento e da criminalidade descontrolada.

A tal linha centrista, liberal-reformista, deverá ser o novo extremo “à esquerda”, eliminando do debate aqueles que nunca souberam debater ou respeitar a democracia, como os Boulos da vida. E esses liberais deverão disputar com gente mais à direita, conservadora, especialmente em costumes e valores morais, uma vez que o esgarçamento do tecido social foi total com a libertinagem imposta pela esquerda.

Eis, então, a nova síntese da política nacional: liberais-reformistas e conservadores disputando, competindo, eventualmente concordando em meio a concessões saudáveis, parte natural de toda democracia. Não há mais espaço para os dinossauros vermelhos, para defensores do socialismo, para admiradores de Cuba e Venezuela, para criminosos tratados como revolucionários libertadores por “intelectuais” imbecis. Esse tempo acabou! Só falta comunicar isso aos nossos “formadores de opinião” da velha imprensa…

Rodrigo Constantino

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