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Venezuela: cedo demais para comemorar, já que risco de escalonar violência é grande
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Ao menos 14 pessoas já foram mortas desde o começo da nova onda de protestos que tomou conta da Venezuela. Juan Guaidó, oposicionista que desafia Maduro, foi reconhecido como presidente por inúmeros países livres e democráticos, entre eles os Estados Unidos, o Canadá e o Brasil. Por outro lado, o “eixo do mal” se posicionou a favor do ditador socialista. Rússia, Irã e China, só para dar alguns exemplos.

A primeira conclusão desse episódio é o enorme alívio pela vitória de Bolsonaro nas eleições. Só de pensar que, se Fernando Haddad tivesse vencido, o Brasil estaria oficialmente apoiando o regime opressor chavista nos dá calafrios. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, esteve lá no dia da posse do usurpador, e Lula sempre declarou apoio aos tiranos. Durante a era petista, o Brasil estava alinhado ao que há de pior, à escória da escória. Com Bolsonaro, estamos ao lado das nações livres e desenvolvidas, dos regimes legítimos e decentes. Que diferença!

Mas esse alívio por conta da postura brasileira não se traduz em alívio pela condição dos venezuelanos. Que eles agora ao menos têm uma chance de liberdade, isso está claro. Afinal, o presidente Trump falou bem grosso e não descartou o uso dos militares caso Maduro parta para a violência total para se manter no poder. O vice-presidente brasileiro, General Mourão, descartou qualquer participação dos nossos militares numa operação. A China alertou os americanos para que fiquem de fora do problema, e os russos falaram em “banho de sangue”.

Como fica claro, a situação ainda é muito delicada e está longe de uma solução, pelo visto. Maduro está acuado, sem dúvida, e a pressão aumentou muito. A crise atinge novo patamar, e o risco de uma guerra civil não é desprezível. Caso estoure uma guerra civil, há muita incerteza de qual será a reação das lideranças internacionais, tanto do lado justo como do lado maligno, que apoia Maduro. Estaríamos nos encaminhando para uma reedição da Guerra Fria?

Quando “progressistas” em cima do muro, que condenam o regime de Maduro, mas se recusam a apontar para o socialismo como real culpado, pedem uma solução “negociada e pacífica”, temos o direito de perguntar: como? Quem acha mesmo que Maduro vai entregar o poder voluntariamente e se entregar para ser preso? Alguém acha que essa saída é factível? O editorial do GLOBO de hoje, jornal que adota exatamente essa postura ingênua, reconhece que Chávez e Maduro espalharam bandidos até na Suprema Corte, assassinos e traficantes que tomaram o poder. Mas acredita que a única solução viável é o diálogo…

Confesso não enxergar muita alternativa além de um confronto mais direto e firme. E, se for esse mesmo o caso, que seja! Ao menos os venezuelanos terão uma chance de lutar por sua liberdade, o que é sempre melhor do que aceitar passivamente a escravidão e a miséria, impostos pelo socialismo.

Agora fica mais fácil entender o motivador dos desarmamentistas de esquerda. Se a população venezuelana tivesse armas, como os suíços, israelenses ou americanos, a resistência ao regime opressor teria mais chances de sucesso. E os venezuelanos têm todo o direito de pegar em armas para depor o tirano socialista. Espero que contem com o apoio do governo americano – e também do brasileiro – nessa empreitada rumo à liberdade…

Rodrigo Constantino

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