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Venezuela cria polícia de fronteira: o muro que não incomoda a esquerda
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Mais de uma década atrás, quando tive aquele fatídico “debate” com o truculento Ciro Gomes num programa do sul, tive a oportunidade de me “vingar” no dia seguinte, durante a palestra no Fórum da Liberdade. Falei no painel logo depois dele, e ele tinha condenado “todos os muros”, comparando o controle americano na fronteira com o México com o Muro de Berlim. Expliquei, com calma, que é absurdo não fazer distinção entre quem ergue um muro para impedir a entrada ilegal de forasteiros, e quem sobe um muro para impedir a saída do próprio povo.

Fui muito aplaudido, mas pena que não deu para ver a cara do sujeito. Fato é que a esquerda em geral não costuma fazer tal distinção. Adora condenar o muro de Trump, por exemplo, ou barricadas em Israel, sem parar para pensar nesse “detalhe” importante: há países que precisam construir muros para se proteger de inimigos externos, e há países que constroem muros para barrar a saída da própria população. Esses são os esquerdistas. E lembrei disso ao ler essa notícia hoje:

A Venezuela anunciou ontem a criação de uma polícia migratória para reforçar o controle na fronteira com a Colômbia, para onde milhares de pessoas migraram nos últimos anos em razão da crise econômica. 

Segundo a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, o novo órgão assumirá os 72 pontos de controle existentes nos portos, aeroportos e áreas de fronteira. “Ele reforçará os controles que já existem, como um órgão especializado para lidar com a realidade na fronteira”, afirmou, em referência aos 2.200 km do limite com a Colômbia.

Delcy disse que esta será uma corporação policial “muito especializada” que “atenderá à realidade na fronteira” e enfrentará a “campanha de falsidades promovida por Colômbia e pelos EUA”. Ela insistiu que a Venezuela é vítima de uma guerra de falsidades que tem como objetivo justificar algo que nunca acontecerá: “uma intervenção internacional”. 

[…]

A ONU assegura que 1,9 milhão de venezuelanos migraram desde 2015, na esteira do colapso econômico, mas Maduro nega que na Venezuela haja uma crise migratória. Segundo o chavismo, há uma campanha internacional para promover a ideia de que existe uma migração em massa de venezuelanos, sobretudo para outros países da região, para preparar o caminho para uma invasão internacional.

[…]

Maduro também nega que haja uma emergência humanitária em razão da escassez crônica de alimentos e de remédios. O retrato da crise, no entanto, e a hiperinflação, que o Fundo Monetário Internacional estima que deva chegar a 1.000.000% este ano. 

É isso: a Venezuela chegou no estágio típico dos regimes ditatoriais socialistas em que é necessário criar polícia especializada para impedir a saída do próprio povo. Mas não esperem dos “intelectuais” de esquerda uma condenação a este “muro”. Eles são coniventes com o regime opressor. O PT de Lula e Haddad defende oficialmente Maduro, ou seja, aplaude medidas como esta.

Se você quer que o Brasil siga nessa rota, erga muros e crie polícias especializadas para controlar quem pode sair do próprio país, leve a inflação de volta ao patamar de hiperinflação, então tudo que precisa fazer é digitar 13 nas urnas amanhã. Agora, se você rejeita esse destino, quer evitar esse caos opressor, e pretende viver num país mais livre, que preserva o direito de ir e vir, então o número a ser digitado é 17. Venezuela jamais!

Rodrigo Constantino

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