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Vinte milhões de votos sem um claro motivo. Ou: Marina Silva por J.R. Guzzo
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Messias salvadora da Pátria? Nem a pau, Juvenal! Não precisamos de um “guru espiritual”, e sim de um gestor eficiente

O eleitor típico de Marina Silva é o jovem idealista ou o membro da elite que flerta com a esquerda “festiva”. Tem seu charme ser contra “tudo isso que está aí”, contra o “sistema”, ainda que votando em alguém do “sistema” há décadas. O que vale são as aparências, e Marina Silva conseguiu criar a imagem de que paira acima do jogo partidário comum – e podre. Isso encanta os que nasceram para se encantar com mitos, não fatos.

O que a democracia brasileira mais precisa no momento é se livrar do PT. Em segundo lugar, precisa de debates calcados em propostas e argumentos. Marina Silva pode ser útil para o primeiro objetivo. Infelizmente, não é para o segundo, de mais longo prazo.

O que defende Marina, de verdade? Quais são suas principais propostas? Foi contra o Plano Real quando ainda era do PT, ou contra os transgênicos, que ajudaram a revolucionar nosso agronegócio. E agora? Defende os avanços do setor rural ou pretende insistir em uma visão romântica e boboca da natureza como uma espécie de ‘mãe’ boazinha, nos moldes de “Avatar”?

Enfim, para crer no avanço de nossa democracia, seria importante termos uma noção melhor do por quê votam em Marina, do ponto de vista positivo (suas propostas), não negativo (protesto contra o sistema). Em sua coluna na Veja desta semana, J.R. Guzzo faz um bom resumo da coisa:

Guzzo

Queremos menos discursos messiânicos e incompreensíveis e mais argumentos e propostas sérias. É disso que o Brasil precisa se pretende caminhar rumo ao progresso sustentável de verdade.

Rodrigo Constantino

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