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“Vou ser daltônico: não quero saber a cor da pele da pessoa”, diz Flavio Bolsonaro
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O candidato Flavio Bolsonaro, do PSC-RJ, se saiu muito bem na entrevista ao GLOBO, apesar das cascas de banana jogadas. O viés esquerdista já fica claro nas perguntas, na chamada e nos parênteses. Mas Flavio não se curvou, não se deixou intimidar, e deu um baile, mostrando como os jornalistas vivem numa bolha e passam a confundir suas invenções com a realidade. Para eles, todo aquele mais à direita é “extremista” e “preconceituoso”, pois é assim a visão de mundo da elite que vive numa bolha, do GNT People. Abaixo, os principais trechos (mas recomendo na íntegra):

Não estou pensando no voto. Lógico que quero voto, mas não sou candidato para agradar ninguém. As pessoas que votam em Bolsonaro sabem que não vão se surpreender depois da eleição. A gente não se curva diante da ditadura do politicamente correto.

A fala em relação ao Ustra, tem que ver o contexto. Várias pessoas homenagearam aos que acham que são heróis de esquerda. As pessoas citaram Lamarca, Marighella, e ele é uma pessoa que na infância viu Lamarca fuzilar seus amigos na praça pública em Eldorado Paulista. Jair quis fazer um contraponto.

Sou a favor da vida, que é inegociável. Muitas mulheres defendem abortar como se a criança fosse parte do corpo delas. Acho isso meio bizarro. Se tem vida ali, tem que fazer de tudo para preservá-la.

Hoje, menores de idade fazem o que fazem porque são menores, e têm a certeza da impunidade. Chega a ser um deboche com a população, com os policiais. A redução da maioridade penal vai fazer com que esses crimes deixem de acontecer.

A gente não pode transferir a responsabilidade da segurança pública para o cidadão. Mas os marginais estão tirando vidas por nada. Não foi com a cara, dá um tiro. […] Não tem porque ser contra o direito da pessoa portar uma arma se ela está preparada para usar. Quanto mais pessoas armadas e qualificadas dentro da lei existirem, melhor. Temos mais possibilidades de nos posicionar em relação a essa carnificina que sofremos hoje.

Hoje, parte dos professores tenta impor sua orientação político-partidária, o que está errado. Há perseguição em sala de aula. Ouvi, de alunos do colégio Cruzeiro, sobre uma redação na qual a turma inteira escreveu contra a redução da maioridade penal, mesmo que fosse a favor, com medo de tomar zero. Isso é liberdade?

Ninguém tem nada a ver com o que as pessoas fazem na intimidade. Muito menos eu. E muito menos o Estado. Por que tem tanto gay que vota em Bolsonaro? Sou contra essa segmentação: rico contra pobre; negro contra branco; gay contra heterossexual; homem contra a mulher. A gente tem que governar para todo mundo, sem hipocrisia. Se uma pessoa agride um gay na rua, tem que ser presa: é crime. Eu falei isso (não dar recursos à parada gay) num contexto de enxugar a máquina pública, com a redução de secretarias, cortar cargos de nomeação política.

Eu tenho gay na família. Não tem nenhum problema. Estou achando ótima esta eleição para esclarecer isso: não tenho nada contra gays. Nossa briga sempre foi contra o material didático para crianças a partir de 6 anos. Isso é um absurdo: 6 anos é uma idade para falar de sexo?! […] Quero é saber da competência da pessoa. Tem gay na minha equipe, e não abro mão porque é supercompetente.

Vou ter pessoas competentes e não corruptas. Vou ser daltônico: não quero saber a cor da pele da pessoa. Eu acho uma hipocrisia você ter que segmentar o seu secretariado conforme a cor da pele, a orientação sexual, o peso, o cabelo, a altura. As pessoas tem que ser competentes. […] Se, no meu secretariado, todos tiverem que ser negros, vão ser. Não vou criar cotas para brancos. No meu governo, se tiverem que ser todas mulheres, serão. Não vou criar cota para homem.

A gente não tem nem o direito de ser de direita. Somos “extrema-direita, ultrarradical, conservador, fascista, nazista” e por aí vai… É óbvio que não é isso. Nós somos pessoas conservadoras nos valores e liberais no aspecto econômico. 

Nossa, que radical! Ele é contra a banalização do aborto e o incentivo da sexualização precoce nas escolas públicas, quer reduzir a maioridade penal para não aliviar a barra dos marginais assassinos que se protegem no ECA, quer preservar o direito de legítima defesa dos cidadãos, prega a meritocracia independentemente de raça e gênero, condena o comunismo e a doutrinação ideológica nas escolas e respeita valores morais tradicionais. Que horror! De onde saiu esse neandertal tão pouco moderninho, tão diferente de um Jean Wyllys da vida?

A gente ironiza que é para suportar a campanha difamatória da esquerda “progressista”, que rotula todo aquele que não adere ao socialismo, à ditadura do politicamente correto. Para quem quiser saber mais das verdadeiras posições do candidato, recomendo a entrevista que eu fiz com ele, sem pegadinhas, sem a tentativa de rótulos absurdos, apenas focando nas ideias e propostas. O povo está cansado dessa estratégia pérfida da esquerda de encerrar o debate antes de ele começar, desqualificando o adversário com base em suas supostas intenções malignas.

Rodrigo Constantino

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