
Ouça este conteúdo
Não podemos confundir nossas bolhas com a população em geral, tampouco achar que todos se informam bem sobre a política ou ligam para valores básicos humanitários. Ainda há, infelizmente, muita gente alienada no Brasil ou sem tanta empatia pelo próximo, mesmo na elite. Gente que mal acompanha o noticiário político e, quando o faz, acaba consumindo mentiras da velha imprensa. Para essa turma, o STF não é golpista e não há um risco iminente de o país virar uma nova Venezuela.
Talvez vivam com menos angústias esses que optam pela alienação. Mas como diria Ayn Rand, você pode ignorar a realidade, mas não pode fugir das consequências de fazê-lo. O Brasil está vivendo tempos estranhos e bastante delicados, e o comunista Flavio Dino deu uma amostra do que essa gente é capaz. Para blindar Moraes e seus cúmplices, os petistas parecem dispostos a incendiar o país, quebrar os bancos, "retaliar" com punições a empresas americanas, bem no estilo venezuelano.
Ao dobrar a aposta diante das medidas adotadas pelo governo Trump, esse grupo tem capacidade de destruir o Brasil no processo. A grande questão que se coloca, portanto, é como os "donos do poder" vão reagir. Afinal, vai ficando cada vez mais claro que o custo de proteger Moraes será alto demais, talvez insustentável para o país. Se não for por princípios, que seja pelo puro senso de sobrevivência desses "monstros do pântano". Mas algo precisa ser feito para estancar a sangria e entregar a Trump boa parte do que ele exige.
Em sua coluna na Gazeta do Povo sobre o Centrão, o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança escreve: "No caso do Brasil, com muita frequência me perguntam se os deputados e senadores do Centrão não têm preocupação com o Estado de Direito, com a separação de poderes, com a legalidade, com a obediência ao devido processo legal e efetivamente com a representatividade da população. A resposta é um retumbante NÃO. O Centrão representa a sobrevivência de si próprio como representante".
Ele está certo e é preciso ser realista quanto ao que move essa ala do Congresso. Adoraríamos que os parlamentares ficassem indignados com a acelerada perda de liberdade do povo, com o atropelo de um poder sobre o outro, com abusos aos direitos humanos, mas nada disso comove o Centrão. São como despachantes dos grupos organizados, e somente seus próprios interesses importam.
Ocorre que é de seu interesse interromper o processo de venezualização do Brasil, pois basta ver o que aconteceu na Venezuela após Chávez e depois Maduro consolidarem todo o poder. Se os comunistas continuarem "peitando" Trump, o resultado será catastrófico para as empresas. Lula não vai lamentar, pois quer ser como Maduro. Mas e o Centrão, como fica? E a elite empresarial, sobrevive nesse cenário?
A resposta é não e a imensa maioria vai naufragar. Daí a esperança de que o Centrão faça a coisa certa: não por princípios, como gostaríamos, mas por senso de sobrevivência. E é bom agir rápido...
VEJA TAMBÉM:





