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Rodrigo Constantino

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Eleição nos EUA

Democratas dobram aposta radical em NY

Zohran Mamdani fala durante um debate primário democrata para prefeito em Nova York, Nova York, em 4 de junho de 2025. (Foto: Yuki Iwamura /POOL/ EFE/EPA)

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Para analisar a vitória nas primárias de um candidato socialista radical do Partido Democrata para a Prefeitura de Nova York, faz-se necessário levar em conta que a alternativa era Andrew Cuomo, com seu legado corrupto e autoritário durante a pandemia. Ou seja, talvez exista mais demérito no derrotado do que mérito, pela ótica do eleitor democrata, no vencedor. Não obstante, trata-se de uma vitória assustadora.

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Zohran Mamdani, um deputado de Queens, saiu da primeira rodada da primária democrata para prefeito de Nova York com cerca de 44% dos votos. Cuomo — que renunciou ao cargo de governador em 2021 em meio a alegações de que assediou sexualmente funcionárias — ficou em segundo, com cerca de 36% dos votos. Ele ligou para parabenizar Mamdani por sua vitória na noite de terça-feira e não disse se ainda planeja aparecer na cédula pelo Partido Lutar e Entregar, que ele formou para esta corrida.

Mamdani também prometeu tornar gratuitos os almoços escolares, os ônibus municipais e o cuidado infantil, além de criar um 'Departamento de Segurança Comunitária' para 'prevenir a violência antes que ela ocorra' — o que críticos dizem ser apenas uma tentativa de desfinanciar a polícia.

Mamdani, que conquistou a maioria dos votos antecipados, abraçou com vontade o socialismo durante toda a campanha. Ele prometeu congelar aluguéis, criar lojas de alimentos administradas pela cidade e destinar US$ 65 milhões para procedimentos transgênero para crianças e adultos. Mamdani também prometeu tornar gratuitos os almoços escolares, os ônibus municipais e o cuidado infantil, além de criar um “Departamento de Segurança Comunitária” para “prevenir a violência antes que ela ocorra” — o que críticos dizem ser apenas uma tentativa de desfinanciar a polícia.

Ele não foi o único candidato com uma plataforma de políticas radicais. Lander propôs que Nova York se tornasse um centro nacional de aborto e sugeriu resolver a crise habitacional da cidade pavimentando — e construindo apartamentos em — campos de golfe municipais. O deputado Michael Blake defendeu o envio de terapeutas para atender chamadas do 911 no lugar da polícia. E o senador estadual Zellnor Myrie pediu que a cidade implementasse currículos antirracismo em seus jardins de infância.

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Também na cédula de terça-feira estava o promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg. Um procurador apoiado por George Soros, conhecido por sua postura branda em relação ao crime e por sua perseguição implacável ao presidente Donald Trump, Bragg derrotou facilmente seu único desafiante para garantir a nomeação democrata.

Ou seja, em que pese Cuomo ser um nome terrível associado ao que há de pior na política, as alternativas eram ideologicamente radicais e levaram a melhor. Os novaiorquinos parecem nada ter aprendido com os erros recentes. Suas pautas são desconectadas da realidade e das prioridades do povo. Transformar Nova York numa cidade santuária para transgêneros, com recursos públicos, e a prefeitura oferecendo "tudo grátis" é a receita certa para destruir de vez aquela que já foi uma das cidades mais impactantes do mundo, e cuja decadência é impossível de ignorar aos visitantes atuais.

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