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Desobediência civil de hoje: sair para trabalhar
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Houve um tempo em que a desobediência civil era pregada por gente como Henry David Thoreau ao se recusar a continuar pagando impostos para financiar uma guerra que julgava injusta. O pensador aceitou ir preso como protesto para forçar uma reflexão geral.

Hoje, como constatou a conta "Dama de Ferro" no Twitter, a "desobediência civil" é simplesmente sair de casa para trabalhar. A polícia de governos tucanos ou similares, autoritários, pode prender aquele que ousar abrir seu pequeno estabelecimento que garante a comida de seus filhos no jantar. Pode arrastar a vendedora da rua, enquanto os "cracudos" seguem livres.

Imaginem a reação da imprensa e nossos “liberais” se fosse o Presidente Bolsonaro decretando o que pode ou não abrir, de que horas a que horas, quem pode trabalhar, ou seja, bancando o Napoleão tupiniquim e impondo tal planejamento central ao país. Sabemos que essa postura causaria uma celeuma, e ele seria acusado de fascista a cada instante.

Quando são governadores tucanos "brincando" de controlar cada detalhes de nossas vidas, aí chamam de "ciência". Alguns podem até tentar justificar tais medidas drásticas por causa da situação pandêmica, mas não podem mascarar do que se trata: controle social, planejamento central, autoritarismo. Você é livre para considerar este um "autoritarismo do bem", mas não pode fingir que não é autoritário.

Em sua "live" desta quinta, Bolsonaro subiu o tom contra esses "toques de recolher", chamou a atenção para a complexidade do problema, para "aquilo que não se vê", as consequências indesejadas (ou não?) de tais medidas, como doenças psicológicas, desemprego e tudo mais. Bolsonaro já disse que se recusa a mandar o Exército para prender os cidadãos em casa, e desafiou a autoridade do governador do DF de fechar tudo dessa forma.

Ou seja, com todos os seus defeitos, é aquele acusado de "ameaça à democracia" que sai em defesa dos direitos do povo. O "fascista" sai em defesa da liberdade do trabalhador, enquanto os "liberais" de gabinete aplaudem governadores tucanos autoritários e oportunistas, de olho em 2022. Mas o gado vendido sou eu?

“Fascista”, “negacionista”, “terraplanista”, “genocida”, “bolsonarista”, “gado”, “vendido”: quando se apela para rótulos assim é uma confissão de impotência intelectual, de completa falta de argumentos. É a isso que a New Left se reduziu hoje. É medonho, até porque muitos ali ainda se dizem liberais. Liberal assim só se for na China!

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