Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Estamos distantes da liberdade

Ouça este conteúdo

Por Yuri Lopes, publicado pelo Instituto Liberal

O livre mercado é uma maneira organizacional de criar bens e serviços por meio da livre concorrência, sem a intervenção do Estado. Isso somente pode acontecer sem a existência de subsídios governamentais, protecionismos, reservas de mercado e barreiras de entrada de novos concorrentes. Friedrich Hayek defendeu, em seu livro “A Constituição da Liberdade”, que devemos nos opor a toda organização exclusivista, privilegiada ou monopolística, que usufruem da coerção para impedir que outros tentem apresentar melhores soluções.

A livre competição entre empresas sempre beneficiam milhões de indivíduos. O benefício ocorre por meio da redução de preços, melhoria na qualidade de vida e estimula investimentos e criação de emprego. O livre comércio possibilitou avanço em diversos países, por exemplo, Hong Kong, onde os salários subiram 50%, e a população vivendo na pobreza extrema caiu de 50 para 15%, durante a atuação de Sir John James Cowperthwaite no cargo de secretário de finanças.

A competição não acontece em mercados com alto grau de intervenção estatal. A intervenção coercitiva gera um alto custo para cumprir exigências regulatórias e beneficia o surgimento de carteis, monopólios e reservas de mercado. Além disso, dificulta e inviabiliza a entrada de novos atores no mercado. Portanto, ao invés das regulações protegerem os consumidores, acaba auxiliando empresas ineficientes, que não se preocupam em entregar o melhor serviço ou produto, mas sim em favorecer os burocratas responsáveis pela regularização.

No Brasil ainda estamos longe de alcançar o livre mercado. Possuímos mercados altamente regulados por órgãos estatais, por exemplo: ANATEL, ANAC, Banco Central, ANS e ANP. A atuação coercitiva estatal brasileira prejudica ou até proibi o surgimento de novas empresas e garante uma reserva de mercado para os grandes. A existência de monopólios estatais beneficia a ineficiência, pois não possuem concorrência e os déficits operacionais serão quitados pelo Tesouro Nacional, com o valor arrecadado dos nossos impostos. O mercado não deveria ser regulado coercitivamente por políticos e burocratas, mas sim de forma voluntária pelos indivíduos. Precisamos de um mercado mais desestatizado. Deixar que o indivíduo possa escolher e criar sem a interferência do Estado é a melhor maneira de gerar soluções criativas e inovadoras. Enquanto tivermos intervenção estatal, nunca teremos liberdade de mercado, para que um exista o outro precisa acabar.

*Yuri Lopes é associado do Instituto Líderes do Amanhã. 

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.