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Antissionismo é antissemitismo, e está mais vivo do que nunca!
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O presidente da Confederação Israelita do Brasil, Claudio Lottenberg, escreveu um artigo hoje na Folha constatando aquilo que muitos, inclusive este blogueiro que vos escreve, já disseram: o antissionismo é apenas uma máscara moderna para ocultar o velho antisemitismo. Diz ele:

Cada nação deve definir sua identidade. Se judeus definem-se por uma religião (o judaísmo), uma língua (o hebraico) e uma terra (Israel), ninguém tem nada a ver com isso.

Imagine-se o escândalo se Israel mudasse de nome, para “Estado Judeu de Israel”. Mas não ouvimos reclamações contra, por exemplo, o “Islâmica” em “República Islâmica do Irã” ou “Árabe” em República Árabe do Egito.

O sionismo foi e é apenas isto: a expressão moderna da autodeterminação nacional judaica. E Israel surgiu na descolonização no pós-guerra, beneficiado pelas alianças corretas na vitória sobre o nazismo. Essa é a verdade histórica.

O único caminho para a paz é o reconhecimento das realidades históricas e a divisão em dois países por critérios demográficos. Dois Estados para dois povos.

O antigo antissemitismo saiu de moda após o mundo ter descoberto o Holocausto. Foi substituído por uma nova forma de discriminação: o antissionismo. A máscara é nova, mas a alma horrenda é velha conhecida. Uma verdadeira aberração.

De fato, o duplo padrão no julgamento que invariavelmente condena Israel é evidente. Há coisas que só Israel não pode ter ou se dar ao direito de fazer. Os que adotam tal postura seletiva podem alegar o que quiser, tentar se convencer de que são os maiores humanistas do planeta, apenas preocupados com os inocentes palestinos, mas a seletividade trai a hipocrisia e deixa transparecer o ódio ao povo judeu.

Vladimir Safatle, em sua coluna hoje no mesmo jornal, insiste em chamar o Hamas de “terroristas” apenas entre aspas. Não são terroristas, por acaso? O autor, membro do PSOL, pensa que não, e faz de tudo para relativizar o termo, lembrando que outros grupos já foram vistos como terroristas no passado, inclusive israelenses, e que mesmo assim foi preciso negociar com eles. Por acaso é possível negociar com o Hamas, que quer nada menos do que a destruição completa de Israel e dos judeus?

Daniel Aarão Reis, em artigo publicado no GLOBO, afirmou que os palestinos são os “novos judeus”, comparando de forma bizarra o que ocorre hoje na Faixa de Gaza ao Holocausto. Diz ele: “Gaza virou um imenso gueto. E os palestinos converteram-se em novos judeus, cuja consciência precisa ser ‘queimada'”. Já mostrei aqui como tal comparação é absurda e extremamente ofensiva aos judeus.

Ambos são esquerdistas radicais. Ambos posam de “moderados”. E ambos são apenas ícones do que a esquerda em geral tem feito em relação aos tristes acontecimentos na Faixa de Gaza. Ataques virulentos a Israel, mascarados de críticas apenas ao estado, e não ao povo judeu como um todo. Não conseguem enganar aqueles mais atentos. O antissemitismo ainda vive. Apenas colocou nova embalagem…

PS: Todos gostam de repetir como os palestinos são pobres, para reforçar a ideia de David contra Golias, como se o lado mais fraco tivesse sempre razão. Foram achados dezenas de complexos túneis em Gaza, construídos pelo Hamas. Isso custa dinheiro. Muito dinheiro. Quem financia o grupo terrorista? De onde vem essa grana toda?

PS2: Aos que ainda culpam Israel pelos problemas na região, como se fossem desaparecer se Israel também desaparecesse do mapa (ou dali), segue trecho escrito em importante relato por ninguém menos que Mosab Hassan Yousef, cujo pai foi um dos fundadores do grupo terrorista como já diz o título de seu ótimo livro, O filho do Hamas:

“Perguntei a mim mesmo o que os palestinos fariam se Israel deixasse de existir, se as coisas não apenas voltassem a ser como antes de 1948, mas se todo o povo judeu abandonasse a Terra Santa e voltasse a se espalhar pelo mundo. Pela primeira vez, eu sabia a resposta. Ainda lutaríamos. Por nada. Por causa de uma garota que não estivesse usando um véu. Para saber quem era mais durão e importante. Para decidir quem ditaria as regras e quem conseguiria o melhor lugar.” 

Rodrigo Constantino

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