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Aposentadorias especiais: o tamanho do rombo desse populismo
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A Folha traz hoje uma matéria sobre os potenciais rombos previdenciários com projetos de lei para aposentadorias especiais que circulam no Congresso. O tamanho do buraco passaria dos R$ 20 bilhões só com três projetos criando aposentadorias especiais para trabalhadores da construção civil, frentistas, garçons e cozinheiros.

O governo já começa a traçar uma estratégia para bloquear os projetos, preocupado com o crescente deficit na Previdência Social. No ano passado, o rombo foi de R$ 42,3 bilhões. Neste ano, nos 12 meses encerrados em julho, o rombo acumulado estava em R$ 47,8 bilhões.

Se as propostas que criam as aposentadorias especiais avançarem, o receio do Ministério da Previdência é a escalada desse tipo de benefício. Há no Congresso projetos semelhantes para carteiros, radialistas, taxistas, motoristas de ônibus e mecânicos.

Isso nos remete automaticamente para o caso grego. Na Grécia, umas 600 categorias contavam com privilégios. Até cabeleireiros tinham aposentadorias especiais sob o pretexto de periculosidade no ambiente de trabalho.

Difícil imaginar o que seria isso. Talvez um cliente pegar a tesoura e enfiar na jugular do profissional porque não gostou do corte. Ou quem sabe o secador de cabelo explodir.

O fato é que tais aposentadorias representam um fardo absurdo para todos nós, pagadores de impostos. Os incentivos são inadequados: as categorias se organizam e fazem lobby para conseguir vantagens à custa de todos.

A aposentadoria deveria ser em contas individuais, com ligação efetiva àquilo que foi poupado por cada um. Qualquer coisa fora disso, qualquer modelo coletivista, não passa de uma injustiça maquiada de “justiça social”. É colocar em ombros alheios o peso da sua aposentadoria, em vez de assumir a responsabilidade por ela.

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