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E Cuba, Safatle? Haja cara de pau!
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Qual dos dois é o nosso Vladimir?

A maior marca registrada da esquerda radical talvez seja a capacidade de apelar ao duplo padrão, a uma seletividade ímpar no julgamento dos fatos históricos. Vladimir Safatle, do PSOL, é um exemplo perfeito disso.

Em sua coluna de hoje na Folha, além de ele ignorar o risco vermelho na época do golpe ou contragolpe de 1964, eis o que ele escreve:

É claro que ainda hoje há os que procuram minimizar a ditadura afirmando que ela foi responsável por conquistas econômicas relevantes. Raciocínio semelhante foi, por um tempo, utilizado no Chile.

A questão surge automaticamente: e Cuba, Safatle? Não é exatamente isso que o PSOL e todos os demais socialistas fazem em relação ao regime dos irmãos Castro? Não tentam minimizar ou mesmo justificar e enaltecer uma ditadura com base em suas supostas “conquistas sociais”?

Há apenas um “detalhe”: as conquistas econômicas e sociais de Cuba são inexistentes, não passam de mitos criados pela esquerda radical. Fidel assumiu um país que já tinha indicadores sociais melhores do que a média da região, e conseguiu destruir quase tudo, apesar das mesadas bilionárias da União Soviética, depois da Venezuela e agora do Brasil (que vergonha!).

Outro “detalhe”: Cuba é a mais assassina e cruel ditadura que o continente já teve, com forte culto à personalidade, algo inexistente tanto na ditadura chilena como na brasileira.

Em simplesmente todos os aspectos o regime cubano é pior, muito pior, bem mais nefasto do que os dois citados por Safatle. Mas basta mencionar Pinochet ou Castello Branco que nosso camarada simula calafrios de terror, indignado com qualquer tentativa de minimizar seus feitos com base em resultados econômicos. Já Cuba pode ser defendida até hoje, com mais de meio século de escravidão e matança, além de total miséria. Haja cara de pau!

Rodrigo Constantino

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