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Mais do caso Santander: PT gostaria que Brasil fosse como a China
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A reação do PT ao comunicado óbvio do banco Santander a seus clientes com ativos em bolsa demonstra o viés autoritário do partido. O tema é tão relevante que merece inúmeros artigos, pois todo alerta é pouco. Aqui, comento a excelente coluna de Merval Pereira hoje no GLOBO. Diz ele:

Numa democracia capitalista como a nossa, que ainda não é um “capitalismo de Estado” como o chinês — embora muitos dos que estão no governo sonhem com esse dia —, acusar um banco ou uma financeira de “terrorismo eleitoral”, por fazerem uma ligação óbvia entre a reeleição da presidente Dilma e dificuldades na economia, é, isso sim, exercer uma pressão indevida sobre instituições privadas.

Daqui a pouco vão impedir o Banco Central de divulgar a pesquisa Focus, que reúne os grandes bancos na previsão de crescimento da economia, pois a cada dia a média das análises indica sua redução, agora abaixo de 1% este ano.

[…]

Justamente é este o ponto. A cada demonstração de autoritarismo e intervencionismo governamental, mais o mercado financeiro rejeita uma reeleição da presidente Dilma, prepara-se para enfrentá-la ou comemora a possibilidade de que não se realize.

Isso acontece simplesmente porque o mercado é essencialmente um instrumento da democracia, como transmissor de informações e expressão da opinião pública.

Atitudes como as que vêm se sucedendo, na tentativa de controlar o pensamento e a ação de investidores, só reforçam a ideia de que este é um governo que não tem a cultura da iniciativa privada, e não lida bem com pensamentos divergentes, vendo em qualquer crítica ou mesmo análise uma conspiração de inimigos que devem ser derrotados.

Exatamente. Qualquer pessoa minimamente antenada nos acontecimentos políticos e econômicos do país já sabe o que o PT representa em termos de perigo à frente, tanto para a democracia como para o crescimento e os empregos. A reação do PT ao caso Santander demonstra isso com perfeição para quem ainda era cético ou se fazia de cego.

O ex-presidente Lula, em seu típico linguajar chulo, chegou a cobrar a demissão da responsável pela análise do banco: “Essa moça não entende porra nenhuma de Brasil e de governo Dilma. Manter uma mulher dessa num cargo de chefia, sinceramente… Pode mandar ela embora e dar o bônus dela para mim”. O baixo nível de nosso ex-presidente dispensa comentários…

Ele disse isso em um evento da CUT, em que o verdadeiro “terrorismo eleitoral” esteve presente, de forma ilegal inclusive. Houve ameaças de que as “conquistas sociais” seriam perdidas caso Aécio vença as eleições. E Lula ainda apelou, uma vez mais, para a patética narrativa de que “eles”, os tucanos, só querem saber do “andar de cima”, ou seja, das “elites”.

Curiosamente, o ex-presidente fanfarrão é desmentido pelo própria aliado do PT, Jorge Viana, senador pelo Acre, que disse: “Eu não entendo a elite. Os que mais se beneficiaram nesses dozes anos são os mais raivosos contra o governo”. Ou seja, Viana, como o próprio Lula já fez antes, reconhece que os ricos ganharam muito dinheiro com o PT no poder, especialmente os banqueiros.

Já Aécio Neves condenou a postura do PT em relação ao banco, e disse: “Não adianta um dirigente partidário questionar, cobrar demissões dentro de uma instituição financeira porque teriam que demitir praticamente todos os analistas de todas as instituições financeiras. Todos eles são muito céticos em relação ao cenário da economia brasileira se continuar o atual governo”.

E acrescentou: “A resposta adequada do governo não é de questionamento ou pedir que cabeças rolem, mas seria o de garantir um ambiente estável, de confiança, regulado para que os investimentos possam voltar ao país”. Mas esperar isso do PT é esperar ações altruístas e abnegadas dos terroristas do Hamas, que usam as próprias crianças como escudo humano.

O PT adoraria transformar o Brasil em uma China – do ponto de vista político, pois em termos de crescimento econômico nem preciso comentar – e ter o poder de simplesmente calar toda a crítica. Está em seu DNA o autoritarismo dos comunistas. Basta ver como os petistas, inclusive a presidente Dilma, derretem-se diante dos assassinos ditadores cubanos da família Castro.

PS: Aguarda-se a defesa do Corecon dos economistas demitidos pelo Santander. Por que pagamos todo ano esse sindicato inútil? Para defender o modelo venezuelano? O Corecon vai tomar o partido do governo nessa disputa, ou defenderá os economistas injustamente demitidos?

Rodrigo Constantino

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