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O ex-presidente Jair Bolsonaro desembarcou na capital federal por volta das 6h45 desta quinta-feira, após três meses nos Estados Unidos. Bolsonaro afirmou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não vai fazer “o que bem quer do futuro da nossa nação”.

“Eu lembro lá atrás que quando alguém criticava o Parlamento, o Ulysses Guimarães dizia: ‘Espere o próximo’. Dessa vez o próximo melhorou muito. O Parlamento está nos orgulhando, pela forma de se comportar, de agir lá dentro, fazendo realmente o que tem que ser feito, e mostrando para esse pessoal aqui, por ora e que no pouco tempo que está no poder, não vão fazer o que bem quer do futuro na nossa nação”, discursou Bolsonaro.

O ex-presidente vai passar a despachar diretamente do escritório do PL, na região central de Brasília, e receber aliados políticos. O objetivo desenhado pelo partido é fortalecer a oposição ao governo. Na fala que fez aos parlamentares, Bolsonaro prometeu empenho pela oposição e pelo PL. Ao dizer que o “chefe aqui é o Valdemar”, mandou um recado à ala da legenda que quer negociar com Lula em troca de votos no Congresso, de acordo com integrantes da sigla.

O que significa a volta de Bolsonaro para a política nacional? Para nossa imprensa militante a resposta é clara: o sonho de poder voltar a falar (mal) do ex-presidente 24 horas por dia, e esquecer um pouco o desastre do desgoverno de Lula, que ajudou a colocar novamente no poder.

Acreditem se quiser, mas teve até chamada no Globo Política sobre o avião Harry Potter, alegando que o ex-presidente foi comparado a Voldemort, o vilão da saga (foi comparado pelos próprios militantes da mídia, claro). Eis o nível do nosso "jornalismo profissional", que não via a hora de poder atacar Bolsonaro novamente, já constrangido em passar tanto pano para os absurdos lulistas.

A Folha de SP dedica várias manchetes ao tema, lembrando da "polêmica das joias", uma polêmica criada pela própria imprensa que não foi capaz de despertar muito interesse do povo. Bolsonaro retoma na mira do STF, TSE e Primeira Instância, diz outra chamada.

E eis o cerne da questão: o sistema podre e carcomido quer se livrar do risco de volta de Bolsonaro ao poder, e não sabe bem como fazer isso. Prendê-lo sem qualquer acusação robusta pode jogar lenha na fogueira. Torná-lo inelegível do nada pode ser gasolina no fogo. A turma não sabe como impedir que Bolsonaro seja o líder da oposição e a maior ameaça ao seu projeto de poder contínuo.

É análogo ao que acontece nos Estados Unidos com Trump. Estamos dois anos à frente do Brasil nesse quesito. E, vindo do "futuro", posso adiantar que o Deep State fez de tudo para tornar Trump carta fora do baralho, mas ainda assim ele é o favorito para disputar com o senil Joe Biden ano que vem. Não conseguiram enterrar Trump, eis o fato.

Vai ser interessante acompanhar os próximos capítulos dessa novela no Brasil. Mas Bolsonaro retoma aos gritos de "mito" por parte do povo, enquanto nas redações dos jornais ele é comparado a Voldemort.

A divisão nunca esteve tão clara: o povo decente pode até discordar de Bolsonaro em várias coisas, mas não aceita o jogo sujo do sistema. Os militantes das redações, por outro lado, vão seguir com a demonização do ex-presidente, em total descolamento da realidade e da visão popular. E vão dar uma trégua para Lula, que comemora, pois agora tem seu arquirrival para desviar um pouco a atenção e o foco de suas trapalhadas infindáveis.

O jogo está só começando...

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