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O pré-candidato à Presidência da República Sergio Moro (Podemos) defendeu nesta terça-feira (22) a união urgente dos candidatos da chamada terceira e acenou ao governador de São Paulo e presidenciável João Doria (PSDB).
O ex-juiz da Lava Jato destacou que as pesquisas mostram que ele seria o representante do grupo com mais chance de vencer as eleições. Portanto, por ora, descarta desistir da disputa.
"Eu estou em terceiro lugar desde que coloquei nessa posição de pré-candidato, então não faz sentido eu abdicar da minha pré-candidatura se ela é com maior potencial de vencer esses extremos. Mas a gente tem que tratar isso com bastante humildade", disse Moro durante evento do banco BTG Pactual.
"Tá aqui o governador Doria, que tem essa mesma visão. Então, acho muito factível que nós possamos nos unir em algum momento desse ano para enfrentar esses extremos", afirmou, no que foi aplaudido pelo público de empresários.
Doria, de fato, só conseguiu atingir dois dígitos nas pesquisas se dividirmos seus míseros dois pontos em 1 + 1. O "pai da vacina" não consegue encantar ninguém com seu oportunismo desmedido, e parece que o governador tem outros assuntos para se preocupar no momento:
De acordo com a PF, o governo paulista adquiriu 1.280 ventiladores pulmonares fabricados na China de uma empresa estrangeira, com sócios brasileiros, escolhida por dispensa de licitação, pelo valor de R$ 243 milhões em abril de 2020. É o covidão que a CPI circense fez de tudo para evitar apurar?
Mas voltando ao Moro: bastou ele se aproximar dos moleques do MBL que já está atrás até do Ciro Gomes nas pesquisas. Mais um pouco ele cola no candidato do Novo. Parece que o oportunismo calculista de Moro tampouco deu certo. Talvez as pessoas percebam a artificialidade e a inconsistência em seu discurso, ao demonizar Bolsonaro numa bizarra equivalência moral com Lula.
E eis meu ponto aqui: dá para entender e aceitar eleitores de Bolsonaro incomodados com seus erros e defeitos, até mesmo arrependidos com promessas abandonadas - em que pese uma análise séria levar necessariamente em conta os obstáculos da realidade parlamentar. Tem gente que não suporta mais o estilo do presidente, seu jeito, sua política. Tudo bem.
Agora vamos tentar conversar com essas pessoas, deixando as armas na mesa. Então você está cansado do jeitão de Bolsonaro, do centrão colado no governo, da postura do presidente durante a pandemia? E isso é suficiente para que você vote no maior ladrão da história da nossa República, no ex-presidiário ligado ao Foro de SP, no socialista corrupto?
A tal "terceira via" é um engodo, uma farsa, e está fadada ao fracasso. A eleição será polarizada entre Lula e Bolsonaro, ponto. É preciso aceitar isso, que dói menos. E aí se exige uma reflexão adulta: você prefere Paulo Guedes ou Guido Mantega? Tarcísio Freitas ou a infraestrutura lotada para algum cacique fisiológico como se fosse um feudo? As estatais com gente séria e competente ou como instrumento de desvio de recursos? Três anos sem escândalo de corrupção ou uma quadrilha que tomou de assalto o estado e institucionalizou de cima o maior esquema de desvios de recursos públicos da história?
Não pode ser muito difícil decidir, vai! Seguir gente como Moro e a turma do MBL é mergulhar no rancor de quem queria mais poder e não teve, mas que não está pensando no interesse coletivo, na coisa pública. A molecada sem caráter do MBL só volta a ter alguma relevância se o PT estiver no poder, e como não conseguiu nada no governo atual, virou oposição histérica - ao lado do PT. Será que você deveria escutar gente assim, ressentida, oportunista e extremamente ambiciosa, que só pensa em si?
Sejamos mais serenos aqui: ninguém precisa gostar de Bolsonaro para entender que a alternativa concreta é o caos, a destruição do Brasil. Dá para aguentar mais quatro anos disso que temos, pela ótica de quem não quer mais saber de Bolsonaro, mas não dá para aguentar quatro anos da quadrilha petista no poder, aparelhando toda a máquina pública novamente, e dessa vez para não dar mais margem ao "erro", ou seja, o Brasil caminharia rumo ao modelo venezuelano.
Vejam o que está acontecendo com a Argentina, que se decepcionou com o Macri, e entregou o poder novamente para o Foro de SP. É hora de acordar! É Bolsonaro ou Lula, e nenhuma pessoa minimamente sensata e honesta pode preferir o ladrão socialista.





