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Multidão nas ruas, mas imprensa não viu
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Uma multidão tomou as ruas das principais cidades brasileiras neste domingo com uma pauta única: exigir mais transparência nas eleições, ou seja, um voto que seja auditável. Na Av. Paulista tinha um mar de gente, e as cenas se repetiam: famílias inteiras, muita bandeira do Brasil, roupas verde e amarelo espalhadas por todo canto em atos pacíficos e ordeiros. Nada parecido com as cenas de vandalismo e violência que caracterizam os atos da esquerda.

Mas, enquanto a imprensa passa pano para esses criminosos, sempre alegando se tratar de uma pequena minoria que fez manifestações democráticas descambarem para a violência, nossos jornalistas pareciam ocupados demais ontem para cobrir os grandes atos a favor do voto auditável. Deram pequenas notas, os helicópteros não decolaram, usaram imagens do começo das aglomerações para diminuir o impacto e muitos ainda acusaram de golpismo a simples demanda por transparência.

Uma coisa ficou clara: se o mecanismo lulista acha que vai levar na mão grande, está muito enganado. Se tentarem ir por esse caminho, a coisa vai terminar mal. E esse é o receio de muita gente: o lado de lá, em vez de escutar a voz das ruas, prefere dobrar a aposta e fingir que nada aconteceu, contando com a cumplicidade de boa parte da mídia, que enfia a cabeça na areia como um avestruz.

Os militantes de redação vão chamar essa multidão nas ruas de golpistas, fascistas ou negacionistas? Pergunta: como é possível uma democracia assim, com uma elite arrogante demonizando uma enorme parcela popular? A mesma turma que passa pano para Lula, chamado de "moderado" ou "democrata". Que tecido social resiste a isso? Deslegitimar o povo é tolerância? Virar as costas para parcela tão significativa da população é democracia?

O mais bizarro é que quem faz isso hoje, ainda ontem defendia a mesma pauta! Ou seja, essa guinada abrupta no discurso gera ainda mais desconfiança, e com razão. Quem mudou tanto em tão pouco tempo e por qual razão? Vejam o caso do jornalista da rádio Band, Guilherme Macalossi, por exemplo. Ele chamou de golpista a manifestação pacífica e democrática que pedia voto auditável, mas ele mesmo acusava o STF de gerar insegurança por se recusar a adotar o voto auditável há apenas três anos!

Fosse um caso isolado de alguém insignificante, era melhor ignorar. Mas tem método! E Macalossi teve com quem aprender. Reinaldo Azevedo, seu ídolo, sempre demonstrou inclinação tucana, mas hoje não esconde que "lulou" de vez. Ele também queria mudanças nas urnas, como todo o PSDB, que tentou fazer auditoria nas eleições de 2014 e descobriu ser uma missão impossível:

Jornalistas como Macalossi e Reinaldo, infelizmente, são a maioria em nossa imprensa, tomada por militantes esquerdistas. Para cada nove com esse perfil, aparece um independente, como Alexandre Garcia, que escreveu sobre os atos em sua coluna de hoje na Gazeta:

Ontem houve manifestações pelo Brasil inteiro pedindo o óbvio. É muito estranho que o país tenha que pedir o óbvio, que é a garantia do voto. É como dizer que vou botar uma tranca na porta da minha casa. Não vou trocar de casa e nem de porta, apenas botar uma tranca. Se alguém me disser que não pode, é porque está com alguma má intenção, querem arrombar minha casa. Todo mundo quis, desde 2001, foram aprovadas três leis neste sentido. A última lei, do então deputado Bolsonaro, foi aprovada por 433 votos a 7. E, agora, por que não querem? É porque antes era de um deputado do baixo clero, agora é de alguém que pode ser obstáculo para voltarem ao poder. Esse poder que deu tanto dinheiro para tanta gente.

O Supremo, que está contra, infelizmente, não tem condições de sair para a rua. Se saíssem, os ministros iam ouvir o povo, mas eles estão distantes, estão numa redoma, protegidos do povo e assim, não sentem. Mas eles nem precisam sentir, eles têm que fazer cumprir a Constituição e a Lei. Quem tem que sentir o povo é o Congresso Nacional, os deputados e senadores, que estão tendo a oportunidade de sentir o povo, basta olhar pela janela para ver o povo nas ruas, o povo que saiu sem botar fogo e estátua, sem quebrar agência bancária.

Mas causa mais espanto ainda a reação do "sistema" diante disso tudo. Além da mídia, como já mostrei, o próprio TSE tem agido como militante. Eis a resposta da entidade durante os atos: espalhar Fake News, tratar o povo como idiota, fingir não ter compreendido qual a demanda popular pelo voto auditável:

Estou receoso de que nem as manifestações vão servir, porque os verdadeiros golpistas têm um conluio e a certeza de que nada vai acontecer. Contam com o apoio midiático. Mas estão contra o povo. Uma coisa precisa ser dita sem rodeios, firulas ou dedos: a grande imprensa brasileira hoje, em sua quase totalidade, é o maior inimigo do povo brasileiro. Deveriam fazer jornalismo; escolheram o ativismo partidário, e escolheram o lado errado, aquele de Lula e Renan Calheiros. E, como Silvio Navarro colocou, havia muita gente na rua, ou seja: "Os devotos de Renan Calheiros não passarão".

Se a bolha lulista acha que vai fazer o povo simplesmente engolir calado essa sabotagem, está muito enganada. Tempos atípicos demandam atitudes atípicas. O posicionamento dos militares é crucial nesse jogo sujo. E a mídia parece tensa que os militares estão do lado do povo, e não de Renan, Lula e Xande. Mas o recado foi dado:

Espera-se que não brinquem com uma situação tão delicada e tensa. Ninguém está levando a sério essas pesquisas fajutas que colocam o ex-presidente corrupto como grande favorito, logo ele, que não pode sequer sair às ruas e cujas manifestações movidas a mortadela colocam apenas vândalos e sindicalistas espalhando terror e caos. Os patriotas não vão aceitar um golpe desses. Não vamos virar a nova Venezuela, como a Argentina caminha para se tornar. Nossa bandeira jamais será vermelha!

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