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Maria Corina Machado recebeu o Prêmio Nobel da Paz, por toda a sua corajosa luta por liberdade e democracia na Venezuela. Ela conseguiu sair do país escondida e ir até Oslo, mas não a tempo de fazer o discurso de agradecimento. Este ficou por conta de sua filha, num inglês perfeito, que levou a mensagem de sua mãe ao mundo.
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O trecho mais importante talvez seja quando ela disse que os venezuelanos tomaram como garantida sua democracia, que era uma das mais sólidas da região. "Quando compreendemos o quanto frágeis as instituições se tornaram, já era tarde demais". Raramente se perde a liberdade de uma só vez.
O populismo de Chávez e Maduro, a compra de votos, a distribuição de benesses por meio do assistencialismo, a perseguição aos opositores, a cooptação da cúpula militar, os ataques aos empresários, tudo isso foi minando gradualmente a democracia, até restar somente uma ditadura socialista escancarada.
Corina Machado é uma heroína nessa batalha por liberdade. O Nobel da Paz, que no passado já foi concedido a pessoas não merecedoras, finalmente teve um destino certo, chamando a atenção para a triste realidade venezuelana
A fraude eleitoral passou a ser a regra, diante dos olhos de todos. Mas já não havia muito o que fazer. A comunidade internacional denunciou, mas a Venezuela já estava fechada num regime isolado dentro do eixo do mal. A grande esperança vem de uma ação militar americana para derrubar Maduro.
A Venezuela viu o maior êxodo da história recente, com quase dez milhões fugindo do país. Maria Corina Machado permaneceu e segue numa luta arriscada contra o ditador, mobilizando o restante da população que ficou no país e deseja a volta da normalidade democrática. Ela estava há quase dois anos sem ver a própria filha! O reencontro de ambas foi tocante.
Corina Machado é uma heroína nessa batalha por liberdade. O Nobel da Paz, que no passado já foi concedido a pessoas não merecedoras, finalmente teve um destino certo, chamando a atenção para a triste realidade venezuelana. O belo discurso, lido por sua jovem filha, mostra que a defesa desses valores está no sangue da família. Nas redes sociais, a repercussão foi enorme.
Agora é esperar a ajuda da cavalaria do norte. Se Trump autorizar uma ação militar terrestre e culminar na morte, prisão ou fuga de Maduro, ele será outro a merecer o Nobel da Paz. Enquanto isso, a esquerda petista fica em silêncio ou sai em defesa do companheiro Maduro, e as feministas se calam diante de uma mulher "empoderada" e corajosa como Corina Machado. O feminismo não liga para mulheres independentes, pois sua agenda é o esquerdismo.
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos





