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Para cargo de confiança, gente próxima e de confiança!
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Bolsonaro felizmente optou por não confrontar o STF e indicou outro nome para a direção-geral da Polícia Federal. O escolhido foi o número dois da Abin, Rolando Alexandre, braço-direito de Alexandre Ramagem, que teve o nome vetado por decisão monocrática e questionável de Alexandre de Moraes.

Agora só falta dizerem que Rolando não pode por ser próximo de Ramagem, que é próximo de Carlos, que é filho do presidente. Daqui a pouco vai ter que se um ilustre desconhecido para um cargo de confiança, ou, quem sabe, um amigão do Alexandre de Moraes apenas...

Não custa lembrar que no STF entraram vários amigos dos então presidentes, e amizades suspeitas, como o "amigo do amigo do meu pai", o codinome usado por Marcelo Odebrecht para referir-se a Dias Toffoli, hoje presidente do Supremo Tribunal Federal, em comunicação interna da sua empreiteira.

Mas claro que os opositores do governo iriam por esse caminho. Para os "liberais" do MBL, se Bolsonaro indicasse o amigo do primo da tia do vizinho do cunhado de Bolsonaro, que uma vez deu "oi" ao presidente, isso já seria prova de interferência patrimonialista. Os garotos entraram no negócio de detonar sempre, não importa o que aconteça...

Já a jornalista Vera Magalhães preferiu se esforçar para fazer ironia com o nome do escolhido, acusando de forma leviana, como o MBL, a intenção por trás da escolha:

O jornalismo brasileiro precisa urgentemente de renovação, isso está claro. A militância não ficaria satisfeita com qualquer nome, a menos que fosse o de um inimigo do presidente! Mas vale lembrar que o cargo é de confiança e que a lei garante a prerrogativa de escolha do presidente, como lembra o renomado jurista Ives Gandra Martins:

"[...] não consigo encontrar nenhum dispositivo que justifique a um ministro da Suprema Corte impedir a posse de um agente do Poder Executivo, por mera acusação de um ex-participante do governo, sem que houvesse qualquer condenação ou processo judicial a justificar".

Não por acaso o vice-presidente Hamilton Mourão saiu em defesa do presidente Bolsonaro e da importância de todos respeitarem a Constituição, o que vale para os demais poderes, incluindo o STF:

Bolsonaro pode ter a intenção de influenciar as investigações e inquéritos em curso na PF, como alegou o ex-ministro Sergio Moro. Mas não se pune uma suposta intenção. É preciso verificar se houve ou não o crime em si, caso contrário estamos diante de um mundo surreal como o do filme "Minority Report". Se a PF sofrer, de fato, uma indevida ingerência, isso deve ser punido. Até lá, cabe ao presidente escolher seu diretor-geral. E claro que será alguém que goza da confiança do presidente, e não do MBL, da Vera Magalhães ou de Alexandre de Moraes...

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