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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Por que Joe Biden não condena a violência da Antifa e do Black Lives Matter?

(Foto: AP)

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A imprensa em geral odeia Trump, e para derrota-lo parece disposta a tudo. Até mesmo a elogiar enfaticamente o discurso de Joe Biden contra "todo tipo de violência". O candidato democrata saiu do seu sarcófago, ou do porão onde o esconderam na campanha, para falar por 12 minutos sobre a violência que tem se espalhado pelo país. Mas ele condenou somente em abstrato, sem mencionar os reais causadores do caos.

Na verdade, chegou a mencionar Trump, supremacistas brancos, milícias de extrema direita e até os policiais, lembrando de casos recentes de truculência contra negros - sem lembrar, porém, que esses negros reagiram aos policiais. Mas Biden não citou os verdadeiros responsáveis pelo caos: Antifa e Black Lives Matter. Nem uma palavra sobre aqueles que, de fato, estão queimando cidades por aí!

Ben Shapiro questionou num texto exatamente isso: por que Biden não condena a violência da Antifa e do BLM? Ele abre assim seu artigo:

Na segunda-feira, o candidato democrata à presidência Joe Biden foi finalmente forçado a enfrentar a violência de esquerda que assola as principais cidades dos Estados Unidos há meses: motins em Nova York, Washington, Los Angeles, Chicago, Portland e Seattle, entre outras cidades. Por uma semana inteira, a Convenção Nacional Democrata ignorou a violência em curso, impulsionada por membros dos movimentos Black Lives Matter e Antifa. A mídia concordou com a narrativa de que os distúrbios violentos têm sido "principalmente pacíficos", que os conservadores estão "atacando" a violência ocasional para fins políticos e que a verdadeira ameaça à segurança americana pode ser encontrada no Twitter de Donald Trump.

Mas a postura de avestruz dos democratas e da mídia ficou insustentável quando Kenosha, em Wisconsin, viveu dias de anarquia. Simpatizantes democratas têm postado em suas redes sociais imagens de suas cidades ironizando o alarme republicano, como se fosse pura paranoia. Não percebem que, com isso, expõem justamente o abismo entre a elite cosmopolita e o povo, que sofre mais as consequências dessa violência. O prefeito de Portland teve até de se mudar de casa, algo que nem todos podem se dar ao luxo de fazer. Ben Shapiro continua:

No início, a mídia tentou desculpar os incêndios, tumultos e saques. Afinal, proclamaram, era uma raiva justificada do racismo sistêmico do policiamento americano. Simplesmente não importava que Jacob Blake, que foi baleado pela polícia, tivesse resistido à prisão, livrado-se dos policiais em cima dele, ignorado suas ordens e, em seguida, enfiado a mão em seu veículo, onde uma faca foi encontrada mais tarde. Também não importava que Blake tivesse enfrentado acusações criminais cruéis e tinha um mandado aberto por agressão sexual e violência doméstica - e que a polícia teria chegado apenas depois de ser chamada por uma mulher que alegou que Blake a estuprou na frente de um dos filhos dela. A polícia era o problema.

E Biden concordou com essa narrativa generalista, criticando a polícia pelo assassinato de Jacob Blake. Claro, Biden pode ter dito violência baixinho. Mas o verdadeiro problema era o sistema americano. Em 28 de agosto, Biden tuitou que George Floyd e Blake não podem se tornar "apenas mais um par de hashtags" e que, em vez disso, era hora de "reverter o racismo sistêmico".

É muito grave o que está acontecendo nos Estados Unidos. A esquerda democrata, cada vez mais radical, insiste numa narrativa que cospe no legado dos "pais fundadores", que vende a ideia de que a nação é motivo de vergonha, não orgulho, e que o sistema é podre e deve ser "refundado". Shapiro conclui:

Biden simplesmente não pode condenar Antifa ou BLM pelo nome, porque fazer isso seria reconhecer duas verdades simples: primeiro, que Trump não é a principal fonte de violência nas cidades americanas; segundo, que, apesar de sua mensagem de "retorno à normalidade", a narrativa do "racismo sistêmico" de Biden fornece a base ideológica para aqueles que buscam derrubar o sistema. Os democratas passaram meses negando a violência, chamando Trump de fascista por oferecer ajuda federal, e condenando o sistema americano. Os frutos estão em plena exibição para todos verem. E assim, Biden deve blefar, e a mídia deve encobri-lo. Talvez Biden saia impune. Os americanos deveriam esperar que não.

Carlos Junior, em artigo para o Instituto Liberal, deixa claro que existem dois caminhos muito distintos para a América nessa eleição, e ele está certo. Eis como ele resume cada lado nessa disputa:

Nunca houve um contraste tão grande entre dois candidatos como o que há entre Donald Trump e Joe Biden. A presente eleição americana não irá opor apenas um presidente politicamente incorreto e um político carreirista benquisto pela mídia e pelo beautiful people. Não se trata de luta de personalismos. O que está em jogo são dois projetos para os Estados Unidos, duas visões de mundo completamente diferentes e dois caminhos para a América.

De um lado estão Joe Biden e o Partido Democrata. Ambos apresentam a narrativa de que os EUA são um país racista, sexista e capitalista selvagem, e o preço da sua redenção celestial é colocar os democratas no poder ad infinitum.  A Convenção Nacional Democrata teve precisamente essa tônica. Para os democratas, a América nunca teve nada de bom ao longo de sua trajetória e todas as virtudes humanas são monopólio da militância esquerdista da mídia, das universidades e de Hollywood. O povo americano é um conglomerado de deplorables e será pela ação do Estado em todos os campospossíveis que os ignorantes serão transformados em pessoas bondosas – basta votar no Partido Democrata e aceitar goela abaixo sua agenda. No mais, foi o mesmo antiamericanismo de sempre.

Do outro lado estão Donald Trump e o Partido Republicano. Ambos passaram a mensagem de que, apesar de todos os defeitos, a América é um lugar incrível e continua a ser, nas palavras de Abraham Lincoln, a última e melhor esperança do homem. Os republicanos compartilham da crença de que os EUA são o farol da liberdade e o lugar onde aqueles que trabalham duro são bem recompensados – o sonho americano. O legado dos Founding Fathers é o guia dos que amam e querem conservar a nação americana nos seus bons aspectos. Frente ao radicalismo esquerdista e à onda de violência promovida por grupos terroristas ligados ao Partido Democrata, os republicanos estamparam o lema law & order como resposta e deram ao povo americano boas razões para amar o seu país.

Para quem tem acompanhado a política americana de perto, é impossível negar essa constatação. Os democratas passaram a desprezar o legado americano, cuspir em seu passado, demonizar as forças policiais. Isso é muito grave! Mas a mídia em geral toma o partido desses radicais, por ódio a Trump. E no Brasil é assim que chega a "análise", como se Biden tivesse condenado "toda violência", e Trump fosse o verdadeiro culpado pelo clima de anomia:

Claudia Wild comentou sobre essa chamada: "O auge da perfídia midiática. Os criminosos marxistas - acobertados pela imprensa nauseabunda - estão tocando o terror nos USA; incendiando cidades inteiras; executando adversários... Mas é a militância da ‘extrema direita’ que ganha destaque neste jornal desprezível."

A esquerda vive no mundo estético das imagens e narrativas, e por isso passa pano para Biden, para Antifa e para Black Lives Matter, e consegue até mesmo elogiar o governador de Nova York, o estado com pior desempenho na pandemia. Trump não perdoou:

Na veia! Mas a mídia trata Cuomo como um gestor brilhante. A esquerda é pura narrativa, nada de resultados. Não liga para os fatos. Por isso, e só por isso, consegue insistir na ladainha de que o BLM é um movimento de combate ao racismo, ignorando coisas assim:

O Black Lives Matter não tem NADA a ver com combate ao racismo, e TUDO a ver com combate ao “sistema”. Quando um bandido branco mata um policial negro, o BLM some!!! Mas defende marginais que reagiram aos policiais, ainda que fossem ou sejam a escória da humanidade, estupradores!

O secretário Sergio Camargo, da Fundação Palmares, tem sido uma voz importante no Brasil a condenar essa impostura, e seus tuítes têm sido certeiros no alvo, como estes recentes:


Não por acaso Camargo é tão odiado pelos movimentos raciais esquerdistas e pela mídia igualmente esquerdista. Mas ele está certo! É justamente o que mais os incomoda, e o que os leva a reagirem com tanto ódio e desprezo, uma vez que faltam argumentos. A esquerda não quer saber dos negros; quer é espalhar o caos com a ameaça de implodir o sistema, para que cheguem ao poder. O tiro vai sair pela culatra. Trump tem subido nas pesquisas justamente pelo terror causado pela Antifa e BLM, e pela reação pusilânime e cúmplice dos democratas.

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