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Precisamos falar sobre o racismo chinês
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para apurar suposto crime de racismo cometido pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, em uma postagem em rede social.

No início do mês, Weintraub insinuou que a China poderia se beneficiar, de propósito, da crise mundial causada pelo coronavírus. Depois, ele apagou o texto. Procurado, o Ministério da Educação não quis se manifestar sobre o pedido da PGR.

Segundo o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, a conduta do ministro configura, em tese, infração penal prevista na parte final do art. 20 da Lei n' 7.716/1989, que define os crimes resultantes de preconceito.

Racismo contra chinês?! Por insinuar que o regime ditatorial que controla a China poderia se beneficiar do vírus? Qual a lógica disso? Não sou fã do estilo do ministro e acho que sua postagem foi extremamente infeliz, pois não fez a devida distinção entre o povo e o governo. Mas está claro que seu alvo era o governo, e com toda razão do mundo!

Cada vez mais gente sobe o tom com o PCC após o Covid-19 e por ficar claro que a opressão do regime comunista, assim como o silêncio por dias quando já sabia da epidemia, permitiram que a coisa virasse uma pandemia que colocou o mundo de joelhos. E a OMS foi cúmplice! Por isso Trump já decidiu cortar o financiamento da entidade.

Mas já que o assunto é racismo e envolve chinês, que tal falarmos disso? Eis algumas notícias que mostram como o regime chinês utiliza o racismo no país:

São apenas alguns exemplos. Nesse texto publicado no site português, Sebastião Bugalho expõe o nível de racismo presente no país. Eis um trecho:

Ontem, o Financial Times e a CNN noticiaram que, na China, famílias inteiras de ascendência africana estão a viver nas ruas, com os seus passaportes confiscados, depois de terem sido despejadas das suas casas. Em Guangzhou, o McDonald’s recusou servir um cliente por este ser negro e outros estabelecimentos, como restaurantes e mercearias, estão a vedar a entrada com base na cor da pele de quem quer entrar. As autoridades chinesas selecionam para quarentena obrigatória qualquer um que seja negro, sem outro critério que não a sua etnia, mesmo que tenha os vistos e as autorizações necessárias.

Quero deixar aqui bem claro que não estamos a falar do III Reich, nos anos 30, do gulag estalinista, nos anos 40, ou do apartheid sul-africano, que durou até aos anos 90 do passado século. Estamos a falar do regime de Xi Jinping, hoje, agora, neste momento.

Portugal, um país com relações e responsabilidades especiais em África, não pode ignorar o apelo que o corpo diplomático africano fez, por escrito, a Pequim. Fazê-lo, seria ficar do lado do racismo, da xenofobia e de tudo aquilo que a República portuguesa não representa. 

Mas, por "pragmatismo", nossos jornalistas, que nunca pouparam ataques aos Estados Unidos, preferem se calar diante de tanto abuso. E tem mais! Não é "apenas" uma ditadura, mas um regime que criou campos de concentração para minorias:

A maioria dos muçulmanos internados em campos de reeducação em Xinjiang (noroeste da China) foi libertada e encontrou trabalho, afirmou uma autoridade regional nesta terça-feira (29), sem dar maiores detalhes.

Especialistas e organizações de direitos humanos acusam Pequim de ter internado até 1 milhão de muçulmanos, principalmente da etnia uigur, nesta região que, no passado, foi alvo de ataques atribuídos a islamitas.

Até onde vai o pragmatismo dos nossos ilustres defensores dos direitos humanos, sempre tão prontos para apontar o dedo contra Trump ou Bolsonaro por qualquer fala infeliz ou piada sem graça? O ministro usar um desenho da Mônica é mais grave do que um regime que espalhou a pandemia e que confina minorias em campos de concentração?

Se o assunto é racismo chinês, então falemos do racismo do regime chinês! E se condenar com veemência esse nefasto regime hoje liderado por Xi Jinping é sinônimo de racismo, então acho que toda pessoa decente deveria ser "racista" nesse caso. O povo chinês não é o alvo aqui. Ao contrário: é vítima de seus opressores também!

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