Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Proposta de Trump para paz entre Israel e palestinos é realista, mas terroristas não desejam paz

Ouça este conteúdo

O governo Trump apresentou nesta terça seu projeto para um acordo de paz entre Israel e os palestinos. André Lajst, da StandWithUs, resumiu os dez principais pontos:

• Israel anexara o vale do Jordão, em troca cederá terras aos palestinos no sul do pais, colados em Gaza.

• Israel não precisará aceitar refugiados. O problema dos refugiados se resolverá fora das fronteiras de Israel, por exemplo, no novo estado Palestino, nada mais lógico.

• Israel ficará com a cidade velha de Jerusalém, o status quo da administração jordaniana na explanada das mesquitas continuará, e parte dos bairros árabes orientais de Jerusalém serão parte de um estado palestino, aonde os EUA abrirão sua embaixada no novo estado.

• A Faixa de Gaza será desmilitarizada e o Hamas e outros grupos terroristas entregarão suas armas.

• Os EUA reconhecem a legitimáveis israelense nos assentamentos, salvo os ilegais de acordo com o próprio governo de Israel. Alguns lugares da Cisjordânia tem partes de grande importância histórica, cultural e de defesa para Israel

• Nenhuma pessoa terá que ser removida de sua casa para que o plano de paz funcione.

• Se aceitarem os palestinos terão um estado propriamente dito com Jerusalém como capital.

• 50 bilhões de dólares serão investidos no novo estado palestino. Duplicando seu PIB e triplicando a renda per capita em poucos anos.

• Os palestinos precisam reconhecer Israel como estado do povo judeu.

• Caso aceitem negociar, os palestinos e israelenses terão 4 anos para terminar o processo. O plano é pragmático e respeita a realidade “on the ground”.

André concluiu: "Resta agora os palestinos não perderem mais uma oportunidade e negociarem a paz, sem discursos de ódio, sem chamados para violência e protestos, sem demoras ou atrasos e sem devaneios e desculpas de vitimização". E é aqui que mora o problema.

As lideranças palestinas não desejam a paz! Eis a dura e triste realidade que precisa ser encarada. A prova de que os líderes palestinos não querem de fato a paz faz tempo está na oferta de Ehud Barak feita nas conversas em Camp David, em 2000, com o anfitrião Bill Clinton. Foi recusada por Arafat, que sequer apresentou uma contraproposta.

Os judeus cederam em praticamente todas as demandas, inclusive a de um Estado Palestino com a capital em Jerusalém, o controle do Monte do Templo, a devolução de aproximadamente 95% da margem ocidental e toda a Faixa de Gaza, e um pacote de compensação de 30 bilhões de dólares para os refugiados de 1948.

O príncipe saudita Bandar exortou Arafat a aceitar a generosa oferta, afirmando que rejeitá-la seria um crime. Arafat, entretanto, escolheu o crime, pois seu terrorismo dependia da manutenção do inimigo, do bode expiatório. Como resultado, milhares de inocentes pagaram com suas vidas essa decisão absurda, com a intensificação dos ataques terroristas que se seguiram, tática deliberada do líder palestino.

A existência do inimigo externo serve como escusa ao totalitarismo interno. O falecido Yasser Arafat, ídolo da esquerda caviar, não negou tal objetivo, ao declarar que sua organização terrorista OLP planejava “eliminar o Estado de Israel e estabelecer um Estado puramente palestino”. Mereceu o Nobel da Paz em troca!

Arafat, acusado de desviar milhões de dólares da OLP, continuou: tornaria “a vida impossível para os judeus através de guerra psicológica e explosão populacional”. Enquanto sua mulher e filha viviam confortavelmente na França, filhos de palestinos, alguns com apenas treze anos, eram mandados, pelo líder, como bombas humanas para o assassinato de crianças, mulheres e idosos judeus.

Até mesmo um deficiente físico foi jogado ao mar em um sequestro de navio pelos terroristas palestinos. Suas ações incluem bombas em sinagogas, discotecas, jardim-de-infância, aviões e centros comerciais. Ainda assim, a ONU recebia Arafat como um respeitado líder, enquanto este portava sua pistola com seu uniforme militar, adotando discurso beligerante ovacionado pelos presentes.

O método estava funcionando, e os ataques terroristas, portanto, intensificaram-se. A Intifada de Arafat chegou ao ápice de violência simultaneamente ao pico de aprovação que ele recebia da esquerda. O duplo padrão do julgamento internacional deixa evidente o viés antissemita. A ocupação da Palestina pela Jordânia e pelo Egito jamais foi condenada pela ONU, tampouco mereceu preocupação de grupos defensores de direitos humanos. O fato de os próprios árabes e muçulmanos serem os maiores assassinos dos palestinos nunca foi duramente criticado.

Hoje, infelizmente, pouco mudou. A ONU segue sendo um palco antissemita, a mídia adota duplo padrão contra Israel, e as lideranças palestinas rechaçam qualquer chance de acordo antes mesmo de ele ser apresentado.

A paz naquela região continua sendo um sonho distante. Mas isso se deve à postura dos líderes palestinos. Sem clareza moral e coragem para constatar esse fato, não há chance de avançar.

No Jornal da Manhã, eu e o Villa debatemos o tema:

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.