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Por que Fernando Haddad foi colocado como ministro da Economia, o substituto de Paulo Guedes? Será porque ele é o Posto Ipiranga de Lula? Seria pelos seus incríveis dotes na área? Talvez pela sua experiência como grande gestor, seja no setor público, seja na (iniciativa) privada?

Fazer essas perguntas é se dar conta de que Lula não escolheu Haddad por nenhuma qualidade sua, mas sim por ser um "poste", um petista medíocre, perdedor, que foi péssimo prefeito de SP e perdeu a eleição para presidente. Haddad foi alçado ao cargo mais importante do país por não ser capaz de estar lá. Não compreender isso é bizarro.

Não obstante, não faltam "analistas" na velha imprensa dispostos a acreditar no teatro petista, colocando Haddad até como o "fiador da responsabilidade fiscal", alguém que estaria bancando com coragem e determinação a vontade de lutar contra seus pares para trazer algum bom senso para o "arcabouço fiscal".

No Estadão, por exemplo, há uma reportagem alegando que Haddad terá de se explicar para o PT, que cobra do ministro explicações para seu modelo fiscal. "PT convoca Haddad para explicar arcabouço fiscal e proposta de mudar piso de saúde e educação", diz a chamada. Diz o texto:

A cúpula do PT tenta enquadrar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para mudar a proposta de arcabouço fiscal e o plano de atrelar as despesas constitucionais com saúde e educação a uma nova regra. No mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu bumbo sobre os 100 dias de governo e defendeu Haddad das críticas, o Diretório Nacional do PT decidiu convidar o ministro para um “processo de debates” por ver com ceticismo o projeto, a ser apresentado ao Congresso nesta semana.

O PT pressiona o titular da Fazenda a demonstrar, por exemplo, como é possível compatibilizar déficit primário zero em 2024, como prevê o projeto da nova âncora fiscal, com crescimento da economia e geração de emprego. Além disso, o comando do partido quer detalhes de como o ministro pretende conseguir aumentar a arrecadação em R$ 150 bilhões para por a proposta de pé. A ideia é que Haddad e integrantes da equipe econômica se reúnam com dirigentes e economistas do partido, e também com as bancadas petistas na Câmara e no Senado, ainda neste mês.

Ora, ninguém tem dúvidas de que o PT tem quadros ainda piores em economia, como Aloysio Mercadante. Mas daí a acreditar que há mesmo um "racha" dentro do PT, e que Haddad tem sido corajoso em peitar seus companheiros para "agradar o mercado" vai uma longa distância, que separa os adultos dos bobinhos. Claro que isso tudo não passa de jogo de cena!

Haddad, sem qualquer luz própria, é a marionete de Lula, está lá para isso mesmo. Logo, seu "calabouço fiscal" foi feito para atender aos anseios perdulários petistas e de seus comparsas, e essa "reclamação" do próprio PT é apenas para simular seriedade no plano do ministro, como se ele fosse tão ortodoxo que estivesse até incomodando seu partido.

Quem quiser acreditar no PT como um todo que o faça, pois é livre para isso. Não faltaram "tucanos de mercado" fazendo o L para "salvar a democracia" e, logo depois, estavam assustados e com medo do resultado. Se é mesmo ingenuidade ou cinismo eu não sei, teria de avaliar caso a caso. Mas que é uma piada de mau gosto crer no Haddad independente, ortodoxo e corajoso, isso é!

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