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Rodrigo Constantino

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Injustiça

“Sou um preso político”, diz Filipe Martins

Interrogatório de Filipe Martins segue agendado para quinta-feira (24) (Foto: Arthur Max/MRE)

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Sob censura há mais de dois anos, sem poder dar entrevistas, manifestar-se nas redes sociais, condenado ao ostracismo por Alexandre de Moraes, Filipe Martins finalmente teve a oportunidade de falar. E falou! Como falou! Disse o que precisava ser dito, o que estava atravessado em sua garganta, mostrando os absurdos de sua prisão, da denúncia da PGR, da ausência total do devido processo legal e dos arbítrios cometidos contra ele.

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Filipe Martins detonou cada armação esdrúxula do sistema, expondo as mentiras que o levaram à prisão. Viagem que nunca ocorreu, risco de fuga com endereço certo e voo comercial da Latam, até mesmo a conclusão "extravagante" do delegado Fábio Schor de que ele tinha "pouca roupa" (consultor de moda?), termo "possivelmente" usado por militar sobre sua presença em reuniões, o que foi suprimido pela PGR, tudo isso e mais um pouco foi esclarecido pelo próprio réu.

O sistema está exposto em praça pública. O caso de Filipe Martins é um dos mais sintomáticos do estado de exceção criado no Brasil. E como envolveu maracutaia na imigração americana, deixou de ser um caso nacional e se tornou internacional

Filipe Martins é um mártir, um herói que foi torturado para delatar Jair Bolsonaro com alguma invenção qualquer. Resistiu pela verdade. Ficou preso em solitária, sem luz, por dias. Gilmar Mendes chamaria isso de tortura se fosse na Lava Jato, mas como foi contra um bolsonarista, então tudo bem. A partir de certo momento a "excelência" começou a interromper Filipe Martins, pedir para ele concluir logo, pois cansou de ouvir certas verdades.

O sistema está exposto em praça pública. O caso de Filipe Martins é um dos mais sintomáticos do estado de exceção criado no Brasil. E como envolveu maracutaia na imigração americana, deixou de ser um caso nacional e se tornou internacional. As investigações nos Estados Unidos estão em andamento e, em país sério, costuma levar a consequências graves.

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Com dificuldade de ver a própria filha, com sua avó de quase cem anos incapaz de visitá-lo (e chorando todos os dias pela distância, segundo ele), calado na marra e sem poder basicamente existir na praça pública da era moderna, Filipe Martins tem sido leal ao mandamento bíblico repetido com frequência pelo próprio Bolsonaro: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8:32).

Não sabemos ainda quando o regime ditatorial brasileiro vai ruir, mas um dia ele terá fim. E neste dia Filipe Martins será lembrado como um dos que resistiram bravamente às investidas intimidatórias dos tiranos que tomaram de assalto o poder em nosso país.

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

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