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Thanksgiving: viva a propriedade privada!
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Comemora-se hoje, aqui nos Estados Unidos, o dia de Ação de Graças, uma das festividades mais importantes no calendário daquele país. Gratidão ao Todo-Poderoso é o tema da festa, desde que os primeiros peregrinos obtiveram a sua primeira boa colheita no Novo Mundo. Deus será louvado pelos muitos presentes, pela comida farta em cima das mesas, pela companhia dos entes queridos, pela saúde e pela boa sorte no ano que passou. Muito poucos, entretanto, se lembrarão de agradecer pela principal dádiva, aquela que tornou o sonho americano possível e proporcionou ao país níveis de prosperidade e bem estar inéditos.

Todo ano, desde 2013, João Luiz Mauad resgata essa história dos primórdios da colonização na América, em texto publicado pelo Instituto Liberal. Uma das primeiras colônias a instalar-se na América do Norte foi a Plymouth Colony, estabelecida onde hoje é o estado de Massachussets, nos anos de 1620.  Numa experiência inédita até então, um contrato coletivo estabelecia um sistema no qual as propriedades seriam todas comuns.  Além disso, toda a produção deveria ser entregue para armazenamento comunitário, do qual cada indivíduo receberia uma fração igual, não importando com quanto contribuísse.

A insensatez coletivista levou rapidamente a economia da colônia à penúria.  Em 1623, apenas dois anos após a chegada dos primeiros Pilgrims, a fome já era desesperadora.  William Bradford, que viria a ser governador da província algumas vezes, assim descreveu aquele triste momento da história americana em seu famoso diário:

“Aquela experiência durou alguns anos … e bem evidencia a vilania deste conceito de Platão e outros patriarcas antigos, aplaudido por muitos ultimamente, segundo o qual se acabarmos com a propriedade, em prol da riqueza comum, isto fará a comunidade feliz e próspera".

Encurralada pelas terríveis circunstâncias, a liderança dos colonos resolveu abolir a estrutura socialista que engessava qualquer possibilidade de progresso, transferindo para cada família uma parcela das terras, e permitindo o usufruto de tudo quanto seu trabalho produzisse. A eliminação da propriedade comunal em favor da propriedade privada logo mudou o panorama.  Os colonos rapidamente começaram a produzir muito mais do que eles mesmos poderiam consumir. Como explica Mauad:

"Uma das virtudes da propriedade privada é justamente estabelecer a conexão entre esforços e ganhos, custos e benefícios, criando incentivos para que as pessoas produzam conforme as suas necessidades e ambições. Porém, o direito de propriedade é também, e acima de tudo, a melhor arma contra a barbárie, a garantia de que o pão obtido com o suor do próprio rosto não será tomado de ninguém arbitrariamente."

Viva o Thanksgiving. Viva a gratidão divina. Viva a América. E viva a propriedade privada!

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