Ex-secretária de Relações Internacionais de São Paulo, Marta Suplicy parabenizou a gestão Ricardo Nunes (MDB) pelo projeto hidroviário do transporte coletivo de embarcações na represa Billings, nesta semana, em um comentário pelas redes sociais no perfil da primeira-dama de São Paulo, Regina Carnovale Nunes.
“Parabéns. Vai impactar para melhor a vida de muitas pessoas”, publicou a futura candidata a vice-prefeita na chapa de Guilherme Boulos (Psol), considerado o principal adversário de Nunes na corrida pela reeleição à prefeitura de São Paulo. Na próxima semana, no dia 2 de fevereiro, Marta volta ao Partido dos Trabalhadores no evento de filiação na capital paulista com a presença do presidente Lula (PT).
O comentário da petista chamou a atenção, pois até o rompimento com Nunes, ela também era muito próxima à primeira-dama, que criticou Marta por não ter respondido suas mensagens após o pedido de demissão. "Até mandei mensagem perguntando ‘Marta, o que está acontecendo? Vi as notícias na televisão’, e ela não me respondeu", declarou em entrevista à coluna Painel da Folha de S.Paulo.
Regina também afirmou que a reação do casal foi de indignação por causa da “mudança radial”. O próprio Nunes já havia revelado que a primeira-dama chorou com a notícia e ele se sentiu “traído” por Marta, que teria usado a aproximação do prefeito com Bolsonaro como justificativa para saída da gestão municipal de São Paulo.
“Era um trabalho de três anos com uma relação de proximidade. Todas as estratégias nunca foram escondidas e sempre foram tratadas com muita transparência. Não seria verdadeiro se não dissesse que fiquei muito chateado", afirmou o prefeito de São Paulo em entrevista ao portal UOL.
No último dia 8, Marta deixou o cargo de secretária municipal após acertar com Lula o retorno ao PT para ser vice na chapa encabeçada por Boulos, deputado federal aliado do presidente da República. Ela será substituída na gestão Ricardo Nunes pelo ex-ministro de Lula e Dilma, Aldo Rebelo (PDT), que se aproximou da direita nos últimos anos após deixar o Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
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