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Para o deputado Capitão Telhada, protestos contra a PM não condizem com o apoio demostrado pelo "cidadão de bem"
Para o deputado Capitão Telhada, protestos contra a PM não condizem com o apoio demostrado pelo “cidadão de bem”| Foto: Rodrigo Romeo/Assembleia Legislativa de São Paulo

Com cerca de 40 mortes registradas na Baixada Santista em confrontos com a Polícia Militar, a Operação Verão se tornou alvo de críticas de órgãos em defesa dos direitos humanos, mas também recebeu o apoio de uma parte da sociedade na região. No próximo sábado (9), uma manifestação marcada para as 9h, na Praça das Bandeiras, no bairro Gonzaga, em Santos (SP), reúne integrantes do movimento “Eu apoio as operações de combate ao crime no litoral paulista”, organizada por associações de policiais, Conselhos de Segurança (Conseg) e entidades, além da participação de deputados estaduais da Frente Parlamentar de Segurança Pública.

A Operação Verão foi intensificada após a morte do policial da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Samuel Wesley Cosmo, 35 anos, baleado no olho por um suspeito no bairro Rádio Clube, em Santos, no dia 2 de fevereiro. Após o tiro, ele foi socorrido e morreu no hospital Santa Casa.

Em entrevista à Gazeta do Povo, o deputado estadual Capitão Telhada (PP-SP) lembrou que outros policiais militares foram vítimas de criminosos tanto no serviço como no período de folga, com mortes registradas no início deste ano no estado de São Paulo. O óbito do policial da Rota motivou a transferência do Gabinete da Secretaria de Segurança Pública para Santos durante as investigações do homicídio do policial, trabalho que foi acompanhado pela bancada da segurança pública da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

“Na descida para a Baixada, nas visitas até a cidade de Santos, Guarujá e São Vicente, a gente teve contato com muitos cidadãos de bem e com a sociedade civil organizada, dentro dos Consegs e dos programas de Vizinhança Solidária. Percebemos que o sentimento de quem mora e trabalha na região é de apoio aos policiais que se dedicam ao combate ao crime”, afirma Telhada, que confirmou a presença no evento deste fim de semana.

Assim, com o apoio da Frente Parlamentar de Segurança Pública, de acordo com o deputado, houve a organização do movimento por representantes das cidades do litoral paulista. “O cidadão de bem quer que o combate ao crime organizado continue pela lembrança de quando podia andar com tranquilidade na Baixada Santista, que não era tomada pelo tráfico. Ouvindo essa demanda, a gente percebeu que o cidadão de bem não tinha voz e esse apoio aos policiais não ecoava”, comenta.

Na avaliação do deputado estadual, os protestos contra a atuação da Polícia Militar não condizem com a realidade nem com o pensamento da maioria. Capitão Telhada disse que o ato não será “radical” e nem partidário.

“É um ato, simplesmente, para dizer que o cidadão de bem se compadece e homenageia os policiais que estão nessa guerra diária e deseja ver a paz restaurada e a cidade devolvida ao cidadão de bem. Movimento não é de nenhum deputado, não é partidário ou ideológico. Está acima da discussão de direita ou esquerda”, diz ele.

O deputado estadual Tenente Coimbra (PL-SP) também confirmou a presença na manifestação marcada para a Baixada Santista e ressaltou o apoio popular às ações, comandadas pelo secretário estadual da Segurança de Pública, Guilherme Derrite.

“Nós, profissionais de segurança e moradores da região, sabemos o quanto é difícil e quanto a criminalidade cresce aqui. Então, ações como essas são impactantes e importantes. Óbvio que excessos merecem ser identificados e corrigidos, mas a ação é válida e necessária em um momento em que, infelizmente, a população vive com medo. Isso vai fortalecer demais toda a movimentação, até porque, infelizmente, temos ONGs e parte da mídia questionando as ações das nossas forças de segurança”, afirmou o parlamentar em entrevista à Gazeta do Povo.

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