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O vice-prefeito de São Paulo, coronel Ricardo Mello Araújo (PL), vai assumir a prefeitura da capital paulista pela primeira vez. Ele ficará como interino entre 20 de abril e 1º de maio, período em que Ricardo Nunes (MDB) estará em viagem à China e ao Japão, onde buscará investimentos para a compra de ônibus elétricos para o transporte coletivo da cidade.
Mello Araújo é novato na política. Ele fez carreira na Polícia Militar, chegando a ser o comandante da Rota, o batalhão de choque da corporação. Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele foi nomeado diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).
Apesar da inexperiência, o vice afirmou que está preparado para assumir a prefeitura. “As experiências na polícia e na Ceagesp me dão este preparo, e não vamos inventar nada [na prefeitura]”, disse ao jornal Folha de S. Paulo.
Nos pouco mais de 100 dias da atual gestão, Mello Araújo tem sido um vice discreto. Após a eleição no ano passado, Nunes adiantou que ele assumiria uma secretaria para cuidar de assuntos transversais. Entretanto, no início do mandato, o prefeito manteve o secretário Edsom Ortega à frente da Secretaria Executiva de Planejamento Estratégico, a que seria destinada ao apadrinhado de Bolsonaro.
Sem uma secretaria, Mello Araújo tem dedicado parte do tempo para percorrer São Paulo e ouvir as demandas dos paulistanos. Nessas andanças, oferece tratamento para pessoas em situação de rua contra dependência química e até mesmo passagem para quem deseja voltar ao estado natal.
O vice, inclusive, pode acabar assumindo a prefeitura no ano que vem. Isso se Nunes concorrer ao governo de São Paulo para suceder Tarcísio de Freitas (Republicanos). Esse cenário depende de uma definição de Tarcísio, que é cotado para disputar a Presidência da República, mas que vem seguidamente rejeitando essa possibilidade, afirmando que tentará a reeleição ao Palácio dos Bandeirantes.