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Bancada da segurança pública na Assembleia Legislativa de SP pretende articular retirada das câmeras nas fardas dos policiais.
Bancada da segurança pública na Assembleia Legislativa de SP pretende articular retirada das câmeras nas fardas dos policiais.| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Parlamentares que compõem a chamada bancada da bala na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) estão reivindicando a retirada das câmeras corporais, utilizadas nas fardas dos policiais militares, especialmente pelos batalhões de elite, como as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). O posicionamento dos deputados ganhou novo fôlego após a morte do soldado Patrick Reis, na última semana, e foi um dos temas que dominaram o retorno aos trabalhos no Legislativo paulista, nesta terça-feira (1).

As câmeras nos uniformes dos policiais militares de São Paulo somam mais de 10 mil, espalhadas em 64 batalhões pelo estado. Na campanha eleitoral de 2022, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), havia se comprometido com a base aliada em retirar as câmeras. Porém, após assumir o cargo, Tarcísio disse que precisava de mais estudos sobre o tema. Desde então, nenhuma câmera foi retirada da farda dos policiais, mas também nenhuma foi adicionada.

No dia em que o soldado Patrick Bastos Reis foi assassinado, o deputado estadual Gil Diniz (PL) se posicionou contra o uso das câmeras nas fardas dos policiais em rede social. O parlamentar esteve recentemente no Palácio dos Bandeirantes, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em um jantar com o governador.

"Enquanto isso, a preocupação de alguns é colocar (ou não retirar) as câmeras no peito desses policiais; de outros, desarmar o cidadão ordeiro, enquanto os verdadeiros criminosos barbarizam a sociedade".

Deputado estadual Gil Diniz (PL-SP)

Em entrevistas concedidas então como deputado federal, o atual secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também opinou contra o uso das câmeras nas fardas dos policiais, mas até o momento nenhuma medida foi tomada para seguir no rumo contrário, o de abandonar o uso do equipamento pela corporação.

O deputado estadual e presidente da Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários da Alesp, Major Mecca (PL), também é contra a utilização das câmeras nas fardas dos policiais e pretende levar o tema para discutir com o governador. “Vamos reunir os deputados da bancada da segurança pública e nos encontraremos com o governador para parabenizá-lo pelas ações e discutirmos outros assuntos relacionados à segurança pública, entre eles, a utilização das câmeras nas fardas”, disse ele, na sessão plenária da Alesp.

De acordo com apuração da Gazeta do Povo, no retorno do recesso parlamentar, alguns deputados da bancada da segurança pública pretendem aumentar o tom no plenário contra o uso das câmeras nas fardas dos policiais militares.

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